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Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito presidente com o apoio de 15 governadores no segundo turno do pleito de 2018 (veja mais abaixo a lista). No entanto, esse grupo foi diminuindo conforme ele foi radicalizando o discurso e agora está restrito a quatro chefes de governos estaduais.
Outro fator que explica esse distanciamento é a eleição presidencial de 2022. Governadores como João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ) têm procurado distância de Bolsonaro com o objetivo de serem uma alternativa a ele na próxima disputa pela Presidência da República.
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As declarações recentes do presidente, que minimizam a crise do coronavírus e põem na conta dos governadores e da imprensa algo que Bolsonaro classifica como histeria e caos, reduziram ainda mais esse grupo.
Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que apenas os governadores Antonio Denarium (PSL-RO), Marcos Rocha (PSL-RR), Mauro Mendes (DEM-MT) e Ratinho Júnior (PSD-PR) se mantém como aliados políticos do presidente.
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Nessa quarta-feira (25), após minimizar a pandemia do coronavírus em rede nacional, Bolsonaro perdeu um de seus mais fieis aliados: o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Em uma coletiva de imprensa, Caiado criticou a postura do presidente diante da pandemia de covid-19 e disse que só manterá contato com Bolsonaro por meio de comunicados oficiais. "Dizer que isso é um resfriadinho, uma gripezinha? Ninguém definiu melhor que Obama: na política e na vida, a ignorância não é uma virtude", disse o governador.
Carlos Moisés já vinha se distanciando do presidente e é o único dos três governadores eleitos pelo PSL que não embarcou no projeto de criação do Aliança pelo Brasil. "Estarrecido com o pronunciamento da presidente República em relação às medidas de isolamento, medidas responsáveis adotadas por diversos governos dos estados e alguns governos municipais, venho a público informar à população de Santa Catarina que nesta quarta-feira, 25 de março, iniciamos mais uma quarentena de sete dias por determinação de decreto deste governador, mais sete dias para ficar em casa. Ficar em casa, é o local mais seguro", disse o governador de Santa Catarina. Mesmo evitando críticas ao presidente, Antonio Denarium (PSL-RR), Mauro Mendes (DEM-MT) e Ratinho Júnior (PSD-PR) disseram que vão manter a política de isolamento criticada por Bolsonaro. Já o governador Marcos Rocha (PSL-RO) concorda com Bolsonaro e avalia afrouxar a quarentena no estado. O pronunciamento do presidente em rede nacional na noite de terça-feira (25) foi alvo de críticas por todo o país no meio político, instituições e a sociedade reagiu com panelaço, protestos que acontecem desde a semana passada. A fala do chefe do Poder Executivo contrariou orientações de especialistas do mundo inteiro, do próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Na última sexta-feira (20), foi decretado estado de calamidade pública. As primeiras autoridades políticas de Brasília a se manifestarem foram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG). Leia a lista de governadores que apoiaram Jair Bolsonaro contra Fernando Haddad no segundo turno das eleições de 2018:⚠️ Tenho uma mensagem muito importante para você. Assista e compartilhe com o maior número de pessoas: https://t.co/SjP3XYVjZG#FiqueEmCasaSC@assembleiasc @tjscoficial @mpscnoticias @FECAM_SC @TCE_SC
— Carlos Moisés (@CarlosMoises) March 25, 2020
- Gladson Cameli (PP-AC)
- Wilson Lima (PSC-AM)
- Waldez Goés (PDT-AP)
- Ibaneis Rocha (MDB-DF)
- Reinaldo Azambuja (PSDB-MS)
- Mauro Mendes (DEM-MT)
- Wilson Witzel (PSC-RJ)
- Coronel Marcos Rocha (PSL-RO)
- Antonio Denarium (PSL-RR)
- Eduardo Leite (PSDB-RS)
- João Doria (PSDB-SP)
- Mauro Carlesse (DEM-TO)
- Ronaldo Caiado (DEM-GO)
- Ratinho Júnior (PSD-PR)
- Romeu Zema (Novo-MG)