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Sâmia Bomfim acusa Ricardo Salles de ter cometido abuso de autoridade e tráfico de influência em diligência da CPI do MST. Foto: Marcos Corrêa/PR
Denis Rivas*
Ao mudar a estrutura regimental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o ministro Ricardo Salles, condenado por fraudar o zoneamento da Área de Proteção Ambiental (APA) das Várzeas do Rio Tietê, pretende completar sua trajetória de militarização da gestão pública ao instituir a função da Corregedoria, departamento no mínimo incomum ou até então desconhecido em uma instituição civil, atuante na área ambiental.
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Como é sabido, o medo é instrumento fundamental em projetos autoritários, e nada mais adequado ao projeto de um ICMBio à la Carte que a substituição de modelos inovadores como o teletrabalho, que estava gerando resultados positivos, publicados até mesmo no Diário Oficial da União, atendendo áreas estratégicas como a fiscalização, regularização fundiária e planos de manejo, para um outro que ignora os resultados alcançados e substitui as melhores práticas de planejamento e gestão de pessoas pelo, no mínimo antiquado, método militar de obtenção de resultados.