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Presidente Jair Bolsonaro
[fotografo] Agência Brasil [/fotografo]
O Brasil entrou no meio da crise dos Estados Unidos com o Irã graças a um pronunciamento do Itamaraty, no qual o governo brasileiro apoiou os norte-americanos. O Brasil recuou, mas o impasse diplomático foi gerado.
O Irã cobrou explicações das autoridades brasileiras sobre a posição do Brasil em relação à recente escalada de tensões entre o Iraque e os Estados Unidos. O Itamaraty, que já se manifestou favoravelmente ao combate do terrorismo, garantiu, por sua vez, que essa conversa com Irã foi cordial.
Segundo o jornal O Globo, a conversa ocorreu no último domingo (5) entre a Chancelaria do Irã e a encarregada de negócios da embaixada brasileira, visto que o embaixador do Brasil naquele país está de férias. A reunião foi convocada depois de o Itamaraty e o presidente irã indicarem apoio ao ataque dos Estados Unidos que culminou na morte do general iraniano Qassem Soleimani.
O agronegócio acompanha com preocupação os desdobramentos da posição brasileira em relação ao conflito entre Estados Unidos e Irã. O setor é o principal beneficiário das transações comerciais do Brasil com o país do Oriente Médio. O Irã foi o segundo maior importador de milho, o quinto maior comprador de soja e o sexto maior de carne bovina do Brasil em 2019, segundo o Ministério da Economia.
Poucos minutos após assumir a autoria dos ataques contra bases dos Estados Unidos no Iraque, o Irã emitiu um alerta: Aliados militares dos norte-americanos podem virar alvos de ataques a qualquer momento.
"Estamos alertando todos os aliados dos americanos, que deram suas bases ao seu exército terrorista, de que qualquer território que seja ponto de partida de atos agressivos contra o Irã será alvo", disse a Guarda Revolucionária do Irã por meio da a agência de notícias oficial iraniana, Irna.