Enquanto Bolsonaro transforma bicentenário em ato político, candidatas são impedidas de panfletar em Minas

Dois pesos, duas medidas. O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, transformou as comemorações pelo bicentenário da independência em atos políticos a seu favor. Inclusive, já surgem questionamentos de que ele poderia ter cometido abuso de poder em Brasília, ao misturar o desfile oficial com a manifestação política. Enquanto isso, apoiadoras de Ana Paula Siqueira, que é candidata a deputada estadual pela Rede em Minas Gerais, e de Laiz Soares, candidata a deputada federal pelo Solidariedade, afirmam que foram impedidas de fazer campanha e distribuir panfletos na cidade mineira de Pitangui. A denúncia foi feita por Laiz Soares, candidata a deputada federal pelo Solidariedade. "Eu e a equipe da candidata à deputada estadual @anapaulasiqueiraoficial fomos impedidas várias vezes de trabalhar e fazer campanha na rua, em local público, na cidade de Pitangui hoje enquanto acontecia o desfile de 7 de setembro! Que ironia! Nada mais simbólico pra representar o Brasil de hoje", escreveu Laiz Soares em seu perfil no Instagram. Veja a postagem de Laiz Soares:  

 

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"Corpo de bombeiros, organização do evento, várias autoridades várias vezes pararam pessoas do meu time e da equipe de panfletagem da Ana Paula pra pedir pra não bandeirar, não panfletar, alegando que hoje não poderia ser feito campanha na cidade e que se continuássemos daria problema pra gente. Porém, não há nenhum impedimento legal pra isso, e o candidato filho da prefeita estava em plena campanha no ato, com dezenas de bandeiras e equipe uniformizada", afirmou. "Estava muito claro que a ordem para cidade inteira era proibir e ameaçar que qualquer candidato que não fosse o deles não poderia adentrar o reduto eleitoral. Eu nunca nem imaginei que isso existisse. O coronelismo em Minas Gerais me surpreende a cada dia. Isso é uma prática jurássica e criminosa", continuou Laiz.