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A crise do PSL deve ganhar novo capítulo antes mesmo de os parlamentares voltarem do recesso. O presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), trabalha para aprovar, na segunda quinzena de janeiro, a expulsão dos deputados da ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro. O principal alvo é o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente, que ocupa a liderança da bancada em meio a uma disputa judicial interna. Além dele, outros 12 ou 13 parlamentares deverão ser postos para fora da sigla, segundo o deputado Junior Bozzella (PSL-SP), porta-voz do grupo de Bivar.
No início de dezembro, o comando do PSL suspendeu Eduardo e outros 13 deputados. Os bolsonaristas, no entanto, conseguiram na Justiça suspender a decisão, o que permitiu a volta do filho do presidente à liderança, cargo que ele havia perdido para Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso.
> Justiça mantém Eduardo Bolsonaro na liderança do PSL na Câmara
Para Bozzella, o partido passa por um processo de depuração e sairá fortalecido, mesmo deixando de dividir com o PT o posto de maior bancada da Câmara. Atualmente a sigla tem 53 deputados no exercício do mandato. “Uns 40 deputados devem ficar. São aqueles mais racionais. A conta dos radicais beira de 10 a 13”, disse o parlamentar paulista ao Congresso em Foco.
No último dia 17, um grupo de 25 parlamentares da sigla entrou com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato. Segundo Bozzella, há conversas com alguns desses deputados para que eles permaneçam no quadro partidário.
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