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Cafezinho, o palco

27/6/2005
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Laís Garcia

Talvez não seja necessário ir até um restaurante para tomar decisões importantes. Pode ser que no cafezinho tudo se resolva. Há vários pontos estratégicos de café no Congresso, mas talvez o mais famoso deles seja o que fica logo atrás do Salão Verde, onde há mesinhas para sentar e conspirar, ou apenas ler um jornal que está perdido ali por perto.Outro célebre café é o do plenário do Senado, que exige credencial para ser freqüentado. Ali, regados a café e sucos, senadores se deliciam com intrigas e servem de bandeja informações sobre desafetos políticos aos jornalistas. “O prato preferido pelos senadores é queijo e presunto cortado em cubinhos”, revela Natan Alves Moreira, que “administra e coordena” as atividades dos outros funcionários que se ocupam do cafezinho, além de servir os senadores e seus convidados. De acordo com o regimento interno do Senado, só eles têm direito a usufruir – e gratuitamente – dos quitutes da cafeteria.Na falta de um tempo para um simples café, valem outras estratégias menos comuns para matar a fome. Dono de um dos discursos mais ácidos contra o governo Lula, o líder do PSDB, senador Artur Virgílio (PSDB-AM), é viciado em barrinhas de cereal, que carrega a tira-colo para as comissões e as reuniões de bancadas. O seu principal adversário na tribuna, o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), aprecia uma alimentação mais saudável. Quando não pode sair de comissões ou do plenário para almoçar, sempre pede uma sopinha para enganar o estômago.A encomenda é preparada por ajudantes no próprio gabinete e entregue aonde ele estiver. Fora do Congresso, Mercadante oscila entre comida vegetariana, geralmente saboreada no restaurante Oca da Tribo, ou “carnívora”. O petista pode ser visto numa das churrascarias mais caras da capital federal, o Porcão, onde o rodízio sai a R$ 53,90 por pessoa.

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