Escritório de filha de Rollemberg é contratado por uma das principais prestadoras de serviço do GDF

[caption id="attachment_321543" align="aligncenter" width="580" caption="GDF afirma que Rollemberg não tem ingerência sobre o escritório da filha e que não há conflito de interesses"][fotografo]Toninho Tavares / Agência Brasília[/fotografo][/caption] 

O escritório de advocacia Gabriela Rollemberg Advogacia, da filha do governador do Distrito Federal (GDF), Rodrigo Rollemberg (PSB), é contratado pela Valor Ambiental para defender a empresa em causas na Justiça. De acordo com a reportagem do site Jota, o escritório de Gabriela Rollemberg é contratado desde 2015. A empresa não respondeu quanto foi pago ao escritório sob alegação de sigilo contratual.

A Valor Ambiental presta serviços ao governo do Distrito Federal e é responsável pelo recolhimento do lixo da capital federal. Desde 2009, foram pagos R$ 960 milhões à empresa, com pagamentos mais altos na gestão de Rollemberg. Entre 2011 e 2014, durante o governo de Agnelo Queiroz (PT), a empresa recebia, em média, R$ 91 milhões anuais, valor que passou a aproximadamente R$ 162 milhões desde 2015.

O GDF afirmou, em nota, que "não tem qualquer participação ou ingerência na atuação do escritório Gabriela Rollemberg Advocacia e não vê conflito de interesses, na medida em que a prestação de serviços não tem qualquer relação com o GDF". A nota ainda afirma que todas as informações sobre pagamentos feitos à Valor Ambiental estão no Portal da Transparência do GDF. O escritório afirma que não tem atuação com repercussão na esfera pública e atua apenas na área trabalhista.

A advogada e filha do governador aparece em diversos processos como apta a falar pela Valor Ambiental, com documentos de outros escritórios, como a Petrarca Advogados, substabelecendo a advogada a representar a empresa. A Petrarca e o escritório de Gabriela atuam em parceria em diversos processos em que o GDF não tem "sequer interesse difuso ou lateral", de acordo com nota do escritório enviada ao site Jota.

<< Leia a íntegra da reportagem do Jota