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Integrantes da CPMI dos Atos Golpistas. Foto: Agência Senado
Desde meados de agosto, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, Arthur Maia (União-BA), vem anunciando à imprensa que não vê necessidade de prorrogar os trabalhos da Comissão e estipulou como prazo para apresentação do relatório a data de 17 de outubro. Assim sendo, a aprovação de um novo bloco de requerimentos de convocação será submetida aos parlamentares ao longo da próxima semana para definir a reta final dos trabalhos, que serão marcados pela presença de militares e chefes de órgãos de segurança pública.
Em relação aos convocados, há um total de 34 nomes que serão reduzidos para se encaixarem nas últimas nove audiências reservadas para ouvir testemunhas, caso a data final do dia 17 de outubro seja de fato confirmada.
A Mesa Diretora da CPMI ainda precisa se reunir para bater o martelo e definir o dia de apresentação do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Após três meses de Comissão, tanto oposição quanto governo começam a apontar omissão da Polícia Militar do Distrito Federal, do GSI e das Forças Armadas de modo generalizado.
O esforço dos governistas e da oposição que integram o colegiado deve se focar na convocação de nomes que surgiram durante os depoimentos mais recentes, como o do hacker da Araraquara, Walter Delgatti (17), e do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias (31).
Entre os convocados, patentes de peso do Exército e da Polícia Militar estão incluídos. O governo procura provar que membros do Exército aliados à gestão Bolsonaro se movimentaram para arquitetar um golpe de estado. Já a oposição quer atestar que o ministério da Justiça e o GSI têm culpa pelos ataques contra a Praça dos Três Poderes.
Conforme o acordo feito entre o colegiado misto, a base do governo pode convocar mais seis testemunhas. Já a oposição pode convocar mais três para as oitivas. Entre os possíveis convocados para as próximos estão:
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Gustavo Henrique Dutra de Menezes, general e ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP);
- Coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, então Comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública;
- Fernando de Souza Oliveira, ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;
- Cíntia Queiroz de Castro, coronel e subsecretária de Operações Integradas;
- Marília Ferreira de Alencar, então subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, então comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública e
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro pode ser reconvocado.