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Coalizão solicita também ao STF que sejam requeridos os celulares dos noticiados e dos demais membros do grupo de WhatsApp denominado "Empresários & Política". Foto: Anderson Riedel PR
A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne 200 entidades e representantes da sociedade civil, protocolou, nesta quinta-feira (18), uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os empresários bolsonaristas que passaram a defender um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) seja vitorioso nas eleições presidenciais deste ano.
Nesta quarta-feira (18), o portal Metrópoles teve acesso a um grupo de WhatsApp em que empresários, como Luciano Hang (Havan), Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii), defendem um golpe de Estado em caso de derrota de Jair Bolsonaro (PL) para o petista.
“No material divulgado há elementos indiciários a demonstrar uma possível organização de empresários, que trama desestabilizar as instituições democráticas, defendendo a necessidade de exclusão dos Poderes Legislativo e Judiciário, atacando seus integrantes, especialmente e pregando a própria desnecessidade de tais instituições estruturais da Democracia brasileira, falando em golpe com todas as letras”, afirma o documento.
O grupo de entidades pede que os empresários sejam incluídos no Inquérito 4.874/DF, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, e que apura suposta presença de indícios e provas acerca da existência de organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com a possível finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito.
Assinam o pedido entidades como Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD), Associação de Juízes para a Democracia (AJD), Associação Americana de Juristas (AAJ-RAMA Brasil), Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados da Magistratura e Ministério Público do Trabalho (Ipeatra) e Comissão Justiça e Paz de Brasília (CJP-DF).