Bolsonaro atribui endividamento de ex-universitários ao lockdown

Na noite desta sexta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro anunciou oficialmente a edição da Medida Provisória (MP) que renegocia a dívida de parte dos estudantes endividados após a conclusão de curso superior financiado por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No vídeo, ele e o ministro da educação, Milton Ribeiro, culpam as medidas de isolamento social pelo endividamento dos ex-universitários. "Como consequência do 'fica em casa, que a Economia a gente vê depois', 1,7 milhão de estudantes não conseguiram honrar seus compromissos financeiros com o FIES", declarou o presidente, na mesma publicação do Twitter onde disponibilizou o vídeo anunciando a MP.

- Como consequência do "fica em casa, que a Economia a gente vê depois," 1,7 milhão de estudantes não conseguiram honrar seus compromissos financeiros com o FIES. - A MP 1090, permite zerar os juros e abater até 92% dessa dívida com a @Caixa e o @BancodoBrasil . pic.twitter.com/iuYJMP7maK

- Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 7, 2022

Milton Ribeiro o complementou. "O brasileiro tem essa coragem de sempre estar presente para pagar suas dívidas. Mas também, devido ao lockdown, foram desempregados, e não podem pagar suas dívidas". O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias. A renegociação de dívidas foi uma das pautas propostas em dezembro pelo ex-presidente Lula para seu programa de governo, caso vença as eleições em outubro. Bolsonaro adiantou a proposta pela MP 1090: ele afirma não se tratar de uma manobra eleitoral contra o ex-presidente, mas sim de uma decisão já planejada há meses. > Bolsonaro veta renegociação de dívidas para MEIs e empresas do Simples  > Apoiadores de Lula usam slogan de Trump para promover campanha eleitoral