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Serys diz que é vítima de armação dos Vedoin

Congresso em Foco

5/10/2006 | Atualizado às 18:00

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A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) apresentou defesa hoje no processo de cassação que enfrenta no Conselho de Ética do Senado por suspeita de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Em depoimento ao órgão, ela exaltou sua trajetória política, argumentou não haver qualquer acusação direta contra ela e disse que o envolvimento no caso não passa de armação.

"Depois de comprovado que o Vedoin negociava denúncias, é muito estranho que quatro dias após a minha candidatura ao governo do estado ele acusasse o meu nome", afirmou. "É uma armação absolutamente insustentável contra o meu mandato", declarou.

Serys foi acusada de envolvimento com a máfia depois que Luiz Antonio Vedoin, operador do esquema no Congresso, afirmou ter pago R$ 35 mil ao genro dela, Paulo Roberto Ribeiro, em troca de emendas para a compra de ambulâncias. Em 2003, ela apresentou cinco emendas para a compra de ambulâncias. Dessas, duas foram para a Planam, empresa que coordenava a máfia.

A parlamentar afirmou que os suspeitos foram unânimes em dizer que não negociaram diretamente com ela recursos em troca de emendas. "É muito difícil fazer defesa quando não se há acusação. Todos os envolvidos foram unânimes em dizer que não tenho nada a ver com isso", declarou. Serys afirmou que nunca esteve na sede da Planam e que jamais conversou com os donos da empresa.

Em acareação no mês passado, Vedoin disse que Roberto o procurou em busca de dinheiro para quitar dívidas de campanha da petista. Ele negou, porém, ter tratado do assunto diretamente com a senadora. Roberto reiterou, na ocasião, que nunca representou a sogra em qualquer negociação.

Falo por mim

Hoje, a petista lembrou que já havia disponibilizado seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, mas não comentou sobre os sigilos do genro, que teria recebido o recurso na conta corrente. Ela afirmou que presume a inocência de Roberto, mas adiantou que não pode garantir a isenção dele.

"Por princípio tenho que (Roberto) não recebeu dos Vedoin, mas cada um é dono de si." A senadora assegurou, contudo, que o genro não tem influência em seu mandato e que passa pelo gabinete somente duas ou três vezes por ano.

Em depoimento ao Conselho, Paulo Roberto disse que recebeu dinheiro dos Vedoin em troca de equipamentos hospitalares. A senadora não soube dizer qual o ramo de atividade do genro. "Ele diz que vende de tudo", afirmou.

Serys resgatou a época em que fora professora universitária, deputada estadual pelo PT e quando decidiu candidatar-se ao Senado, em 2002. Ela disse que, em todo esse tempo, nunca foi acusada de corrupção. "Minha história política não se coaduna com essas acusações", afirmou. "Meu patrimônio político é a minha dignidade e minha honra. Eles não podem me tirar isso dessa maneira", apelou, com lágrimas nos olhos.

Desde que teve o nome envolvido na fraude, Serys disse que nunca havia tido a chance de defender-se das acusações e que foi vítima de "120 dias de linchamento público". Ela reclamou que o relatório final da CPI dos Sanguessugas, no qual está citada, foi concluído sem sua defesa. Apesar disso, exaltou o trabalho da comissão.

"Mesmo com a dor da injustiça contra mim, defenderei até as ultimas conseqüências a CPI. Mas não se pode colocar em jogo um mandato de senador só porque um delinqüente fez uma acusação", enfatizou. A parlamentar reclamou que foi investigada antes mesmo de parlamentares com inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), embora não respondesse a nenhum processo.

Contradições

Na defesa apresentada hoje ao Conselho, 32 páginas foram dedicadas a apontar contradições nas acusações dos Vedoin contra a petista. Segundo a senadora, o esquema da Planam era muito organizado, mas na hora lembrar a data correta em que teriam pago propina a Paulo Roberto em troca de emendas, os empresários mostram sempre uma versão confusa.

"É muito claro que o Vedoin tinha um controle rígido do esquema, mas eles não sabem sequer precisar o ano em que foi dado dinheiro a mim. Já disseram que foi em setembro de 2003, em 2004. O pai dele (Darci Vedoin) já chegou a dizer que foi em 2002", afirmou. Ela afirmou ainda que seu patrimônio é o mesmo do início do mandato: "uma casa, um carro e uma camionete ano 99 que comprei a prestação em 2003".

Acusações petistas

Em relação à acusação do petista Valdebran Padilha, que reiterou o envolvimento da parlamentar com o esquema. Serys disse que é possível tratar-se de uma tática para desestabilizá-la. "Todos os partidos tem divergências internas. É possível", afirmou. Padilha foi preso no último dia 15 de setembro, quando negociava a venda de um dossiê contra tucanos, em nome dos Vedoin.

A senadora afirmou ainda que demitiu de pronto os assessores João Policena Neto e Sérgio Henrique Ribeiro quando soube que eles poderiam estar envolvidos com os Vedoin. Policena era assessor para assuntos orçamentários e encarregado de orientar a sugestão de emendas. Ele foi acusado por uma ex-funcionária da Planam de telefonar várias vezes para o telefone pessoal de Darci.

"Quando fui informada que ele teria se encontrado com o Vedoin, o Policena estava de férias. Quando ele voltou, falei que ele estava demitido", disse ao relator do processo, senador Paulo Octávio (PFL-DF). Sérgio, por sua vez, é citado como a ponte entre os Vedoin e Paulo Roberto. A senadora negou que tenha contratado o assessor por indicação do genro e disse que os dois funcionários foram demitidos por "quebra de confiança". (Diego Moraes)

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