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Congresso em Foco
4/8/2009 23:44
Fábio Góis
Tido como um dos integrantes do chamado "grupo ético do Senado", o senador Pedro Simon (PMDB-RS) acionou nesta terça-feira (4) a corregedoria da Casa para que o colega Fernando Collor de Mello (PTB-AL) seja instado a esclarecer insinuações proferidas ontem em plenário.
As declarações de Collor foram uma resposta ao discurso em que Simon volta a pedir o afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), com críticas à relação entre Collor e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). "Vossa excelência foi lá na China e fez o acordo com o Collor. Foi dos homens que estiveram com o Collor. (...) Depois, na véspera do Collor ser cassado, vossa excelência largou o Collor. Tchau, tchau!", discursou Simon, dirigindo-se a Renan.
Leia: Collor manda Simon engolir críticas a Sarney
Recorrendo ao artigo 14, que garante resposta ao parlamentar citado em discurso, Collor rebateu as menções de Simon. "Peço a vossa excelência, com todo o respeito que me merecia e como sempre o tratei que evite pronunciar o meu nome nesta Casa, porque a próxima vez que eu tiver que pronunciar o nome de vossa excelência, provocado por alguma palavra mal posta dessa tribuna ou da sua poltrona, eu gostaria de relembrar alguns fatos, alguns momentos, talvez extremamente incômodos para vossa excelência, mas que eu acho que seria de muito interesse da nação brasileira conhecer", rebateu Collor, sem esclarecer quais seriam tais fatos.
Mo mesmo aparte, Collor disse que as palavras de Simon em relação a ele deveriam ser engolidas e digeridas como melhor conviesse ao senador peemedebista. Simon imediatamente pediu que fossem trazidos à tona tais fatos, ao que Collor respondeu: "Não falarei. Falarei quando eu quiser e achar oportuno." Simon não ficou satisfeito. "Devia falar, senador, devia falar."
O pedido foi encaminhado à presidência do Senado, mas, como determina a práxis regimental da Casa, foi devolvido a Simon, que o remeteu diretamente à corregedoria, pela qual responde o senador Romeu Tuma (PTB-SP). Após ser interpelado pelo colegiado, Collor deve se pronunciar por meio de ofício ou publicamente - como, por exemplo, da tribuna do plenário. Caso o senador alagoano não se manifeste, Simon pode recorrer ao Conselho de Ética com apresentação de denúncia por quebra de decoro parlamentar.
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