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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Débora Álvares, Rafael Neves
14/3/2019 | Atualizado às 8:53
"Só desengancha com a liberação de cargos, que deve acontecer na semana que vem, com a chegada do texto dos militares, que também deve acontecer na semana que vem. Isso, mais a liberação das emendas nessa semana... Resolvemos a questão da relatoria e começa a tramitar", diz anonimamente um dos maiores articuladores pró-Previdência na CâmaraTentando colocar panos quentes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em coletiva à imprensa, nessa quarta (13), que o presidente Jair Bolsonaro vai começar a se envolver pessoalmente nas articulações políticas pela aprovação do texto. "Bolsonaro já começou e vai ampliar a participação dele. Eu já disse ao ministro Paulo Guedes [da Economia] que a participação do presidente não é importante, é decisiva. Sem a liderança de quem encaminhou e assinou a PEC, fica sempre uma contradição sobre prioridades e interesses do próprio governo". O governo liberou R$ 1 bilhão em emendas impositivas nesta semana. Nos corredores da Câmara, o sentimento é de que isso não amenizou a insatisfação de inúmeros parlamentares da base, que reclamam por cargos. Sem relator Confirmado de forma protocolar na noite de quarta como presidente da CCJ - o nome já era dado como certo há pelo menos duas semanas -, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR) encerrou a sessão dizendo que um próximo encontro será convocado em "data oportuna". Isso porque a PEC da reforma da Previdência sequer tem relator escolhido ainda. Antes de o texto ser tornado público, havia uma fila de congressistas disputando a vaga. Contudo, após a apresentação do teor da proposta, começou a haver uma onda de rejeição à posição, hoje somente pleiteada pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), nome praticamente já descartado. O governo não quer arriscar ter mais um novato - Francischini também, como Kim, está em seu primeiro mandato - à frente da PEC na CCJ. [caption id="attachment_379558" align="alignleft" width="300"]
Em seu primeiro mandato, o parlamentar de 27 anos assumiu o comando do colegiado mais importante da Casa falando em respeitar governo e oposição e as normas regimentais Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados[/caption]
"Deputados que juraram amor eterno ao presidente, agora se afastam. Se o texto é muito duro, a gente começa a discutir em cima do texto duro e começa a apanhar em cima dele", afirmou Joice ao Congresso em Foco em 21 de fevereiro, um dia após o Jair Bolsonaro entregar pessoalmente, em um gesto simbólico, a proposta a Rodrigo Maia e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
De acordo com a vice-presidente do colegiado, Bia Kicis (PSL-DF), mais uma estreante na Câmara, não há previsão nem expectativa de quem será escolhido. Regimentalmente, o nome é uma atribuição do presidente da comissão. Contudo, quem está por trás dessa articulação é Rodrigo Maia. Ele tem alguns nomes em mente e chegou a cogitar colegas do chamado centrão, que incluem, além do DEM, PR, PP, PSD e PRB. Ele já descartou, porém, que seja alguém do DEM por não querer "inflar o poder" da sua legenda, que preside a Câmara e o Senado.
A intenção é solucionar essa questão até semana que vem. Rodadas de almoços, jantares e inúmeras ligações telefônicas estarão no meio dessa negociação.
Mais entraves políticos
O governo prometeu liberar indicações de aliados dos parlamentares nos segundo e terceiro escalões, mas elas seguem travadas. A deputada Joice Hasselmann assegura que, até a próxima semana, essa roda começará a girar.
Contudo, o gabinete da Casa Civil, comandado por Onyx Lorenzoni, já havia prometido editar o decreto normatizando o assunto ainda antes do Carnaval. Entre os parlamentares, o clima é de descrédito.
Dois aliados próximos do governo, em condição de anonimato, chegaram a falar em dar início a uma minirreforma ministerial. "O [Marcelo] Álvaro Antônio não está mais pra lá que pra cá? Tira e coloca alguém que possa ajudar a passar a reforma", disse um deles, ao que o outro completou: "Não há jeito de fazer articulação política sem conversas e negociações. Eles precisam se abrir", reclamou o outro.
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Jair Bolsonaro foi ao Congresso entregar, pessoalmente, a PEC da reforma da Previdência. Foto: Marcos Corrêa/ABr[/caption]
Outro tema que segura a pauta "reforma da Previdência" e preocupa o governo é um acordo que nem mesmo Maia e sua capacidade de diálogo conseguiram solucionar: a tramitação da PEC só começa quando o projeto previdenciário dos militares chegar à Câmara.
Ao mandar o primeiro texto, a equipe econômica optou por fatiar. Por um lado, justificou que os ajustes dos militares não precisam se tratados em PEC. Mas, por outro, como ainda faltam ajustes e consensos na versão final, corre o risco de ver a principal aposta do governo Bolsonaro ser atrasada. O secretário da Previdência, Rogerio Marinho, prometeu arrumar a situação e enviar o projeto de lei com a reforma da Previdência militar no dia 20.
Um dos maiores articuladores da reforma resume a situação: "Só desengancha com a liberação de cargos, que deve acontecer na semana que vem, com a chegada do texto dos militares, que também deve acontecer na semana que vem. Isso, mais a liberação das emendas nesta semana... Resolvemos a questão da relatoria e começa a tramitar".
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