Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Carta aberta aos parlamentares sobre a proposta de reforma política ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Carta aberta aos parlamentares sobre a proposta de reforma política em discussão no Congresso

Congresso em Foco

28/4/2017 6:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

José Antonio Moroni *

O Congresso Nacional debate neste momento uma nova proposta de "reforma política" - como em outras ocasiões, olhando apenas para as próximas eleições. Não teremos, entretanto, um sistema político legítimo e representativo se essa postura do Parlamento brasileiro não mudar. Independentemente das propostas aprovadas, a leitura que se faz do que tramita hoje no Congresso é a de que não se trata de melhorar nosso sistema eleitoral, algo tão necessário, mas de assegurar o mandato de inúmeros parlamentares envolvidos com  corrupção, garantindo-lhes o foro privilegiado e a impunidade jurídica. Por isso, após três dias de reunião em Brasília, com mais de 110 representantes de distintos movimentos sociais que lutam há mais de uma década pela democratização do poder e por uma verdadeira reforma política, a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político vem a público manifestar sua posição sobre a proposta em debate no Parlamento. O relatório apresentado pelo deputado Vicente Cândido incorpora, no geral, três elementos defendidos pela Plataforma: fortalecimento da democracia direta, financiamento público de campanhas e lista pré-ordenada. Mas as semelhanças com o que vem sendo historicamente reivindicado pela sociedade civil organizada terminam por aqui. Quando falamos de democracia direta, defendemos o poder de o povo convocar plebiscitos e referendos. Queremos que determinados temas, como privatizações e a execução de grandes obras, sejam decididos por estes instrumentos. O relatório apresentado na Comissão da Reforma Política pouco avança nesta direção. [caption id="attachment_292002" align="alignright" width="390" caption=""Reforma deve ir além do urgente aperfeiçoamento da democracia representativa""][fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Sobre a adoção do financiamento público exclusivo de campanhas, defendemos que ele seja adotado em conjunto com outras medidas, como a democratização dos partidos políticos, o financiamento dos partidos por seus filiados (e não por recursos públicos) e mudanças nos critérios de partilha para não privilegiar as  grandes legendas. O relatório tampouco avança nesta direção. No que se refere à lista pré-ordenada, instrumento importante para tornar os partidos programáticos, ela deve ser acompanhada de mecanismos que impeçam a definição da lista pelas oligarquias partidárias. Defendemos listas escolhidas em prévias partidárias e sem candidaturas natas, para que sejam um instrumento poderoso de enfrentamento às sub-representações nos espaços de poder,  especialmente das mulheres, do povo  negro e dos povos indígenas. Por isso, defendemos a paridade de sexo na elaboração da lista. E o relatório pouco avança neste sentido. Para a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, democratizar o poder significa ir além de uma reforma eleitoral conjuntural e incapaz de alterar as desigualdades estruturantes da sociedade brasileira, que impedem a maioria da nossa população - mulheres, o povo negro, jovens, população LGBTI, indígenas - de participar efetivamente das decisões políticas do país. Um país verdadeiramente democrático deve ser capaz de pensar formas de afirmação de uma cidadania ativa, fazendo valer o princípio primeiro democrático de que o "poder emana do povo". Para nós, por fim, essa reforma deve ir além do urgente aperfeiçoamento da democracia representativa. Deve, necessariamente, incluir a adoção de mecanismos inovadores de democracia participativa (como um sistema de participação social); o estabelecimento de uma real democracia direta; a democratização da informação e das comunicações e do sistema de Justiça. Sem isso, qualquer reforma virá apenas para perpetuar os grupos que eternamente ocupam o poder no Brasil. É hora de romper com este ciclo de poder hereditário e alicerçar o sistema político brasileiro na soberania popular. É o que exige a nossa democracia. * Gestor do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), filósofo e pós-graduado em História do Brasil, José Antonio Moroni é conselheiro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão colegiado da Presidência da República. Mais sobre reforma política
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Congresso Reforma política corrupção Vicente Cândido legislativo sistema político Fórum participação social Legislativo em crise Comissão da Reforma Política crise brasileira Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político LGBTI

Temas

Reportagem País Congresso

LEIA MAIS

ECONOMIA

Câmara quer acelerar votação da atualização da tabela do IR

Cassação de deputada

Hugo Motta envia à CCJ pedido de cassação de Carla Zambelli

ECONOMIA

Cobrado pelo Congresso, Lula se opõe a nova redução de despesas

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

ECONOMIA

Governo troca alta do IOF por novas fontes de receita; entenda

2

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Haddad acusa deputados de "molecagem" e sessão na Câmara vira tumulto

3

ENTREVISTA EXCLUSIVA

MDB considera apoiar Tarcísio ao Planalto em 2026

4

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

Governo reclassifica Instagram como impróprio para menores de 16 anos

5

APOSTAS ESPORTIVAS

CPI das Bets: senadores derrubam relatório final e livram Virginia

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES