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Congresso em Foco
20/12/2007 | Atualizado às 19:26
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou há pouco a jornalistas que, se a proposta que prorrogava a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tivesse “mais 30 dias”, a matéria poderia ter sido aprovada pelos senadores.
“Não aprovaria com alíquota de 0,38%, mas, com alíquota de 0,20%, com certeza”, afirmou. Raupp avalia que tramitação da matéria demorou muito na Câmara e que já chegou ao Senado com o tempo praticamente esgotado.
Questionado sobre as razões de o governo querer votar a matéria, mesmo não tendo a certeza de que realmente teria os 49 votos necessários para sua aprovação, Raupp disse que a decisão foi do presidente Lula. Segundo o peemedebista, Lula não queria passar o natal e o Ano Novo “com essa agonia”.
O senador também considerou que a carta do presidente da República, encaminhada aos senadores minutos antes da votação, assegurando que todos os recursos da CPMF seriam destinados à saúde e que a reforma tributária teria prioridade na pauta do próximo ano, chegou tarde demais. “A carta não foi um ato de desespero, foi a última tentativa”, ponderou.
Segundo o parlamentar, os quatro votos que faltaram ao governo teriam vindo dos seguintes senadores: César Borges (PR-BA), Expedito Júnior (PR-RO); Geraldo Mesquita (PMDB-AC) e Romeu Tuma (PTB-SP).
O peemedebista lamentou a perda de recursos para a área da saúde, mas destacou que o crescimento da economia brasileira nos próximos anos deverá compensar a perda dos R$ 40 bilhões arrecadados anualmente por meio da CPMF. Ele também considera que um mecanismo fiscalizatório das atividades financeiras deve ser avaliado.
Segundo Raupp, a rejeição da CPMF foi “um aprendizado” para a base governista, que hoje “é de 45 senadores [quantidade de parlamentares que votou a favor do tributo]”. Para o líder do PMDB, a derrota do governo no episódio não tem um único culpado. “Foi um conjunto de fatores”. Para ele, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acertou ao separar as votações da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU). “Se fosse juntas, as duas seriam rejeitadas”, avaliou. “Fizemos aquilo que foi possível”, desabafou.
Ministério das Minas e Energia
Raupp também afirmou que a vaga no ministério das Minas e Energia “é do PMDB do Senado”. De acordo com ele, o nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA) “tem o apoio da bancada”. “Não há nenhuma rejeição ao nome dele, mas a decisão cabe ao presidente da República." (Rodolfo Torres)
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