Após confusão, manifestações voltarão a ter revistas e efetivo será reforçado em Brasília
30/11/2016
Publicidade
Expandir publicidade
[caption id="attachment_273488" align="aligncenter" width="585" caption="Segundo Polícia Civil, vândalos passarão a ser monitoradas em futuras manifestações"][fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Enquanto os senadores analisavam a proposta de criar um teto de gastos públicos para os próximos 20 anos, o cenário nos arredores do Congresso Nacional era de guerra campal. Uma minoria dos manifestantes contra a proposta, aprovada com folga pelos parlamentares, revirou carros, danificou prédios públicos e entrou em confronto com a polícia. Devido à confusão, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, pediu reforço no esquema de segurança e a volta de revistas na chegada à área central em dias de protestos.
Na avaliação da secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, a presença de infiltrados nas manifestações está relacionada aos casos de depredação. “Os grupos perderam o controle da manifestação porque outros grupos infiltrados vandalizaram”, pontuou. De acordo com o governo, a média de efetivo da Polícia Militar nos protestos é de mil policiais, e haverá reforço em próximas manifestações.
O governo reuniu a cúpula da segurança local para avaliar a operação durante as manifestações, que terminou com dezoito pessoas encaminhadas aos hospitais da região, sendo dois policiais militares - um com perfuração de faca nas costas e outro atingido na cabeça. Haverá perícia da Polícia Civil e da Polícia Federal em veículos e prédios. Imagens de câmeras de segurança serão analisadas para identificar pessoas envolvidas no vandalismo e responsabilizá-las.
Segundo o diretor-geral da Políca Civil, Eric Seba, uma vez identificadas, os envolvidos passarão a ser monitorados em futuras manifestações. Seis foram detidos por injúria, desacato, resistência, lesão corporal e/ou dano foram liberados após assinarem termos circunstanciados.
Balanço
Segundo a pasta da Segurança Pública, 27 placas de sinalização foram arrancadas e amassadas ontem (quarta, 30), em ações de vandalismo na Esplanada dos Ministérios. Cones, cavaletes e dois veículos foram queimados (sendo um deles da TV Record). Cinco paradas de ônibus, quebradas. Também foi danificado um controlador de velocidade.
[caption id="attachment_273491" align="alignleft" width="300" caption="Organização calcula que 50 mil pessoas participaram do ato contra a PEC em Brasília"][fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Diversos prédios de ministérios tiveram paredes pichadas e vidros e refletores quebrados. Na Avenida das Bandeiras, mastros foram danificados, a calçada pichada e bandeiras arrancadas. Danos semelhantes ocorreram no Museu Nacional e na Biblioteca Nacional. Vidraças foram quebradas em uma agência do Banco de Brasília (BRB) no Setor Bancário Sul.
Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmou que “a manifestação organizada pelos movimentos estudantis e sociais neste dia 29 de novembro em Brasília foi um ato pacífico, democrático e livre contra a PEC 55, que está em votação no Senado”. Segundo os estudantes, não houve incentivo a qualquer tipo de depredação do patrimônio público ou violência.
“Em meio aos mais de 50 mil manifestantes, o que nos assusta e nos deixa perplexos é a polícia militar do governador Rolemberg (DF) jogar bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra estudantes, alguns menores de idade, que protestavam pacificamente”, conclui a UNE.
Por sua vez, o comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, explicou que a tropa usou gás lacrimogêneo para dispersão. “Seguimos os protocolos nacionais e internacionais de controle de distúrbio civil, os mesmos que usamos nas manifestações do processo de impeachment.”
Com informações da Agência BrasíliaMais sobre limite de gastosMais sobre BrasíliaMais sobre o Brasil nas ruas