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Lula candidato, uma crônica anunciada

Congresso em Foco

19/1/2006 | Atualizado às 15:44

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Antônio Augusto de Queiroz*

Salvo uma catástrofe - problema de saúde, impeachment ou crise externa grave -, o presidente Lula disputará a reeleição. Não se trata nem de uma questão de vontade pessoal. Trata-se de um imperativo, uma necessidade do PT, do governo e de alguns partidos da base que não dispõem de outro nome com viabilidade eleitoral. A movimentação no governo, desde a cassação de José Dirceu, tem se concentrado em mostrar resultados e anunciar novas medidas, preparando o terreno para a recandidatura presidencial.
 
As oposições, por sua vez, também têm intensificado seus movimentos. Há três vertentes de oposição. Uma de centro-direita, liderada pelo PSDB. Uma de centro-esquerda, comandada pelo PDT e PPS, e uma de esquerda radical, conduzida pelo PSol. Os tucanos, entusiasmados com a perspectiva de poder, já definiram até seus motes de campanha. Irão abordar basicamente três temas que consideram vulneráveis no PT e no governo do presidente Lula: coerência política, competência administrativa e honestidade.

Enquanto a oposição vai continuar insistindo na desconstrução do governo e do PT, atacando problemas éticos e a suposta incompetência administrativa, a campanha do presidente Lula será afirmativa. Terá como eixos centrais os resultados da política econômica, as realizações na área social e os investimentos em infra-estrutura, especialmente em energia. Vai buscar confrontar resultados com o governo anterior. Fugirá do debate sobre a crise política e ética.

Na área econômica, os temas a serem explorados são muitos e vão desde o controle da inflação, passando pelas exportações, até a não renovação do acordo com o FMI. O crescimento econômico, apesar de ter ficado abaixo da média mundial, também será exaltado por haver contribuído para a geração de emprego e renda. O aumento das exportações, o superávit na balança comercial, a redução da relação dívida/PIB, o volume da reservas cambiais e o aumento da arrecadação serão apresentados como exemplo de eficiência administrativa.

Na área social, o carro-chefe da campanha será o programa bolsa-família, pelo contingente de pessoas beneficiadas, secundado pelo programa Universidade para Todos (Prouni). O aumento dos recursos para a agricultura familiar (Pronaf), o microcrédito e o empréstimo consignado serão apresentados como conquista social. Os modestos aumentos reais do salário mínimo, a reposição integral da inflação para os aposentados do INSS, a reestruturação de carreiras no serviço público não serão esquecidos. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Estatuto da Microempresa serão explorados, se aprovados no Congresso. Outros programas sociais, como o Segundo Tempo, os pontos de cultura e a inclusão digital, também serão abordados.

No campo dos investimentos, apesar do escandaloso superávit primário, o governo apresentará como resultados: a auto-suficiência na produção de petróleo; a criação da refinaria no Nordeste; a construção de novas hidroelétricas; a recuperação das rodovias e a criação da ferrovia transnordestina; os investimentos no plantio de mamona para produção do biodisel; além dos empréstimos do BNDES ao setor produtivo.

Entretanto, para que a campanha de reeleição do presidente seja vitoriosa, Lula terá que ter muita sorte e superar enormes desafios. A sorte está associada ao não surgimento de novas denúncias comprometedoras ou de crises externas, que possa ter reflexos negativos sobre a economia. Os desafios estão relacionados com a reconquista do apoio dos movimentos sociais, da classe média e de formadores de opinião da academia e da imprensa, segmentos hostis ao governo. Se confiar apenas nos votos dos mais pobres, pode se surpreender, até porque o apoio da maioria deles já está refletido nas atuais pesquisas de intenção de voto.

A largada foi dada. Enquanto o principal partido de oposição ainda discute se o candidato será Serra ou Alckmin, o presidente Lula está em campo. No interior do governo, já marcou o primeiro gol: o ministro Palocci, enfraquecido pelas denúncias recentes, concordou em abrir o cofre; só falta agora convencer a diretoria do Banco Central a baixar os juros, para que o principal eixo de campanha produza os resultados almejados pelos idealizadores da campanha.

*Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e Diretor de Documentação do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

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