Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. E no final das contas, quem paga a conta?

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

E no final das contas, quem paga a conta?

Congresso em Foco

17/7/2018 8:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A chamada

A chamada "pauta-bomba" gera grande impacto nas contas públicas. Nesse momento crítico pelo qual passa o país, sob um governo recordista em rejeição e sem credibilidade, e às vésperas de uma eleição potencialmente acirrada[fotografo]Marcos Oliveira / Agência Senado[/fotografo]
O governo atual deve deixar para o próximo mandatário, a partir de 2019, algumas contas que parecem não fechar. Após a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), semana passada, o Congresso Nacional entrou em recesso empurrando para o próximo governo uma conta de mais de R$ 90 bilhões. O valor engloba tanto perdas de arrecadação quanto aumento de gastos e equivale ao dobro do que o governo gasta com o custeio básico da máquina pública. Hoje, mais de 90% dos gastos da União são obrigatórios. Inclui também medidas de contenção de despesas que o governo não conseguiu aprovar. Um exemplo é o veto a reajustes salariais para servidores a partir de 2019, que economizaria R$ 6 bilhões com servidores civis e até R$ 11 bilhões, se somados os militares. Além da LDO, aprovada quase uma semana antes do prazo legal de 17 de julho, o que permitiu ao Legislativo antecipar em quase uma semana as férias de julho, o Congresso dedicou-se nas últimas semanas a matérias que podem agravar ainda mais o já combalido quadro fiscal do país. Entre os projetos aprovados por Câmara e Senado estão o que manteve benefícios tributários à indústria de refrigerantes da Zona Franca de Manaus, com um impacto de R$ 1,78 bilhão no Orçamento, o que autoriza o perdão das dívidas tributárias de produtores rurais, que custará R$ 13 bilhões só este ano, e a Medida Provisória que estabelece uma tabela de preço mínimo do frete rodoviário - aprovada em tempo recorde, apenas 8 segundos. E a situação, por incrível que pareça, pode piorar. Um projeto de lei que obriga a União a transferir, todos os anos, R$ 39 bilhões aos Estados e ao Distrito Federal como compensação pela não incidência de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre as exportações de bens primários semielaborados já foi aprovado em comissão mista e segue para votação em Plenário. Diante desse quadro, o trabalho dos técnicos do governo é praticamente o de enxugar gelo. Afinal, o projeto enviado ao Congresso com expectativa de conseguir mais recursos é transformado em outro com mais aumento de gastos. A área econômica do governo federal já avisou que vai propor, no projeto de Orçamento de 2019 a ser enviado ao Congresso até o final de agosto, nova restrição de reajuste de servidores públicos e a tributação dos fundos exclusivos para clientes de alta renda. É esperar para ver. A chamada "pauta-bomba" gera grande impacto nas contas públicas. Nesse momento crítico pelo qual passa o país, sob um governo recordista em rejeição e sem credibilidade, e às vésperas de uma eleição potencialmente acirrada, a aprovação de projetos que podem trazer ainda mais desequilíbrio fiscal é, no mínimo, irresponsável. O momento devia ser de bom senso, de busca pela união em torno do bem maior da coletividade. Essa ameaça não preocupa apenas a equipe econômica do governo, já que as consequências do endividamento público afetam a todos. No mês passado, por exemplo, um grupo de entidades lançou um pacto pela democracia, numa demonstração clara da necessidade da luta pelos direitos de todos. A ideia é que precisamos pensar e agir em nome da coletividade, pelo bem estar de todos. Este é o propósito que deveria guiar os legisladores quando gastam energia e tempo para votar projetos que vão atingir, de uma forma ou outra, a coletividade. E a pergunta que interessa, no final das contas, é: afinal, quem vai pagar essa conta?
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

LDO orçamento gastos impostos ICMS impacto orçamentário

Temas

Economia

LEIA MAIS

ECONOMIA

Governo assumiu compromisso com corte de despesas, diz Hugo

ECONOMIA

Economia brasileira avançou 0,2% em abril, diz prévia do Banco Central

ECONOMIA DIGITAL

Pix Automático começa a funcionar nesta segunda-feira

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES