Caras nem tão novas assim

Nem só de caras novas será marcado o reinício das atividades da Câmara, em 14 de fevereiro. Dos 18 deputados que serão efetivados no cargo, seis já vinham desempenhando a função como suplentes, no lugar de parlamentares licenciados. São eles: Mauro Benevides (PMDB-CE), Carlos Nader (PL-RJ), Manoel Salviano (PSDB-CE), Carlos Mota (PL-MG), Romel Anízio (PP-MG) e Paulo Kobayashi (PSDB-SP).

O décimo nono deputado que irá se afastar do cargo, o vice-prefeito eleito de Nova Iguaçu, Itamar Serpa (PSDB-RJ), vinha exercendo o mandato no lugar de Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ), atual secretário municipal de Transportes do Rio.

Caso os titulares decidam não reassumir suas cadeiras, outros seis suplentes devem ser chamados a Brasília. Entre os beneficiários dessa abertura, aparecem dois nomes conhecidos da vida política na capital federal: o ex-deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ) e o ex-ministro do Trabalho Walter Barelli (PSDB-SP).

Barelli chega, pela primeira vez, à Câmara, depois de ter sido ministro do Trabalho, no governo Itamar Franco, e secretário de Trabalho e Emprego dos governadores Mário Covas e Geraldo Alckmin, em São Paulo.

Dono da campanha eleitoral mais cara entre aqueles que disputaram a Câmara em 2002, Fortes foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos anos 80, secretário-geral do PSDB e secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, no governo Fernando Henrique Cardoso. Na tentativa de retornar à Casa, ele gastou nada menos do que R$ 2,5 milhões, conforme prestação de contas feita à Justiça Eleitoral.

Além dos dois tucanos, devem assumir, ainda na condição de suplentes: Antenor Manoel Naspolini (PSDB-CE), Alexandre Silveira (PL-MG), Maria Gorete Oliveira (PL-CE) e Cleuber Brandão Carneiro (PFL-MG). Outra figura conhecida que deve retornar à Câmara é o ex-deputado Xico Graziano (PSDB-B).

O ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) deve substituir Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que vai assumir a secretaria de Governo da prefeitura de São Paulo. Caminho que será seguido por pelo menos outros dois parlamentares: Walter Feldman (PSDB-SP) e Dr. Pinotti (PFL-SP). Como os prefeitos só devem concluir a formação de seus gabinetes às vésperas da posse, é possível que, até lá, outros deputados troquem Brasília por seus municípios.