Tuma orientará senadores sobre "acampamento" em gabinetes

Fábio Góis

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), encaminhará a todos os senadores um ofício de orientação sobre uso do patrimônio da Casa. A iniciativa é uma reação ao "acampamento" de manifestantes no gabinete de Eduardo Suplicy (PT-SP), no último dia 9, por ocasião do julgamento do ex-ativista político italiano Cesari Battisti no Supremo Tribunal Federal (STF). 

No entanto, Tuma descarta formalizar uma advertência ao senador petista - até porque o ato, assim como suspensão ou voto de censura, é atribuição do Conselho de Ética. A assessoria de imprensa do corregedor disse ao Congresso em Foco que será feito um "alerta geral" aos senadores, como o objetivo de evitar danos ao patrimônio ou responsabilização indevida de algum servidor do Senado.

A assessoria de Tuma, que está no interior de São Paulo, informou ainda que assessores legislativos já estão redigindo a recomendação, e que esta será entregue na próxima semana.

Segundo relatório da Polícia Legislativa do Senado, os manifestantes vieram do Ceará para acompanhar o julgamento de Battisti, e acampariam na Praça dos Três Poderes, endereço do STF. No documento, a polícia classifica como acampamento a permanência de populares no gabinete de trabalho de Suplicy. Tuma pretende ainda recomendar o arquivamento da ocorrência policial registrada sobre o caso.

Na ocasião, Suplicy foi ao plenário, no dia seguinte, para responder à ocorrência da polícia interna. "Assumo toda a responsabilidade", disse o petista, assegurando que nenhum objeto do gabinete foi subtraído ou danificado. O parlamentar paulista disse ainda não ver problema algum no episódio.

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