Publicidade
Expandir publicidade
Miriam Leitão criticou apoio de Bolsonaro à ditadura militar e virou alvo de ataques na internet
Um dia após fazer críticas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a jornalista Miriam Leitão virou alvo de uma mensagem falsa espalhada por seguidores do candidato nas redes sociais. Junto com a ficha da jornalista, presa em 1972 durante a ditadura militar, aparece um texto que não corresponde à realidade.
“Foto do julgamento do assalto ao Banco Banespa da Rua Iguatemi, em São Paulo, ocorrido no dia 06/Outubro/1968. A assaltante usava um revólver calibre 38 e junto com seus comparsas levaram mais de 80 mil cruzeiros, que seria equivalente a R$ 800.000. Alguém conhece a assaltante?”
[caption id="attachment_360548" align="alignright" width="353"]Miriam Leitão: “Eu sozinha e nua. Eu e a cobra. Eu e o medo”
Jair Bolsonaro ironizou o relato da jornalista. "Coitada da cobra", reagiu na época. Em entrevista para o livro do filho da jornalista, o deputado reiterou o comentário. O vídeo é usado por apoiadores do candidato nas redes sociais para atacar Matheus e a mãe. Embates Em 2016 Bolsonaro usou as redes sociais para atacar as declarações de Miriam sobre a ditadura. “Lamentamos que Míriam Leitão continue tão idiota como há quarenta anos”, disse. No ano passado ele voltou ao Twitter para atacá-la: “Míriam Leitão diz que Bolsonaro não sabe nada sobre economia. Esta faz juz ao sobrenome”. “Seu lugar é no chiqueiro da História”, acrescentou. Em 2016, ao repercutir novamente as declarações de Miriam sobre a ditadura, o pré-candidato partiu para os xingamentos. “Lamentamos que Míriam Leitão continue tão idiota como há quarenta anos”, disse. No começo de agosto os dois estiveram frente a frente durante a entrevista do presidenciável à GloboNews. A sabatina rendeu uma situação constrangedora para Miriam. Ele lembrou o apoio do jornalista Roberto Marinho ao golpe militar de 1964. A jornalista teve de ler, ao final do programa, um editorial ditado pelo ponto eletrônico em que o grupo Globo admite que o apoio aos militares foi um erro. Em junho Miriam afirmou ter sido hostilizada por militantes do PT durante um voo da companhia Avianca, com saída de Brasília para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no último dia 3 de junho. Em seu blog, no site do jornal O Globo, ela conta que foi alvo de intolerância por parte dos militantes petistas, que a agrediram verbalmente.Míriam Leitão relata hostilidade de petistas durante voo; PT lamenta, mas com ressalvas à Globo