Publicidade
Expandir publicidade
"Para evitar que nossa democracia continue refém da corrupção, é preciso refletir muito antes de votar"
“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam”. Arnold Toynbee. A despeito da curta existência, - morreu antes de completar 31 anos de idade -, Toynbee conseguiu produzir um trabalho de grande valor que envolvia história econômica, compromisso e desejo de promover melhorias nas condições de vida das classes sociais mais baixas. Autor de reflexões de cunho social das mais apaixonadas, o jovem opunha-se firmemente à perspectiva da economia como mero raciocínio analítico.
Toynbee viveu numa época e num país com democracia e processo eleitoral de características muito diferentes do que conhecemos no Brasil – cite-se, por exemplo, a presença da rainha, do príncipe consorte, dos príncipes herdeiros, dos duques, dos barões e da Câmara de Lordes, que apenas servem para manter uma casta privilegiada eternamente no poder. Mesmo em contexto tão peculiar, o jovem economista percebeu como era importante a participação dos cidadãos comuns na vida política, pelo menos para atenuar as desigualdades e permitir melhores condições de vida a essas pessoas.
Vejo as eleições como momento de grande responsabilidade para todos os brasileiros. E é aí que entra Toynbee: o que mais me preocupa é justamente a possibilidade de, dados os últimos acontecimentos na política, a omissão, o desencanto ou mesmo a raiva do eleitor resultar em um quadro ainda pior do que o atual. Parece óbvio, mas não custa repetir: para evitar que nossa democracia continue refém da corrupção, é preciso refletir muito antes de votar. Mais do que nunca, é necessário buscar o voto consciente, sem jamais optar pela abstenção ou pelo voto nulo, pior solução possível.
[caption id="attachment_312328" align="alignright" width="300" caption=""Para evitar que nossa democracia continue refém da corrupção, é preciso refletir muito antes de votar""]