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O que muda com o 'distritão'

27/3/2015
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Saulo Said *

Resultados

1.Votos usados pelo sistema proporcional e pelo distritão Total de votos usados para gerar mandatos pelo sistema proporcional 86.509.960 Total de votos usados para gerar mandatos pelo Distritão        59.032.999 Total de votos nominais (todos os válidos - votos em coligações)            89.135.433 2. Proporção de votos usados pelo proporcional e pelo distritão Proporção usada pelo proporcional               97,1% Proporção usada pelo distritão        66,2% Relação entre % de votos e % de cadeiras (das coligações) no sistema proporcional e no distritão Em termos de tamanho de bancadas, o distritão não produz uma diferença tão grande quanto parece. Isso porque o que um partido perde em um estado ele pode ganhar no outro. Isso, contudo, não implica que o sistema seja idêntico ao proporcional. Supor isso seria o mesmo que dizer que um arbitro de futebol que cometeu 3 erros em favor de cada time seja idêntico a um juiz que não cometeu nenhum erro. A melhor forma de quantificar a distorção não é fazer uma análise da bancada nacional dos partidos, mas sim fazer uma análise das distorções entre votos de uma coligação e total de mandatos obtidos por ela em cada um dos sistemas. A fórmula é a seguinte: Calcula-se a distorção entre % de votos e % de mandatos em cada estado (seguindo o modelo proporcional e o distritão). Após ter a distorção em cada caso, somamos o total de distorções de cada modelo. O resultado é apresentado a seguir: Distorção total pelo sistema proporcional:  3,05 Distorção pelo Distritão    5,67 Ou seja, a distorção entre votos e mandatos de partidos no distritão é quase duas vezes maior que no Proporcional.             1,86 3. Parlamentares que seriam eleitos Dos 513 deputados eleitos em 2014, 466 seriam eleitos por ambos os sistemas. Isso representa 90%. Porém, os demais 10% seriam eleitos apenas pelos votos pessoais e tomariam a  vaga de partidos ou coligações com uma densidade eleitoral muito maior. * Mestre e doutorando em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Motivos para dizer não ao 'distritão' Mais sobre reforma política
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