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Aliança pelo Brasil não atingiu a quantidade necessária de assinaturas para oficializar a criação do partido antes das elições de 2022. Foto: Lauriberto Pompeu
O presidente Jair Bolsonaro reconhece que são praticamente nulas as chances de conseguir homologar o seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, a tempo de disputar as eleições municipais do ano que vem. "É muito difícil, não vou me iludir, a chance é 1%", disse neste sábado (21), em entrevista no Palácio da Alvorada.
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Segundo Bolsonaro, não há uma "obsessão" para formar a legenda, e que as eleições municipais de 2020 não têm muita influência nas de 2022. "Não tenho obsessão para formar o partido. Acho que Deus até me ajuda, você sabe que as eleições municipais não influenciam na próxima", acrescentou.
Para a legenda Aliança pelo Brasil ser homologada e poder disputar as eleições, ainda será necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para que o partido seja registrado a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 termina em março.
Candidaturas avulsas
O presidente também comentou seu posicionamento favorável às candidaturas avulsas, que deve ser votada ainda no primeiro semestre de 2020.
De acordo com Bolsonaro, as candidaturas avulsas podem beneficiar candidatos que não possuem vínculo ideológico com os partidos e que almejam ocupar cargos eletivos sem se comprometer com grandes organizações políticas. “Se eu pudesse interferir, votaria favorável sobre o assunto”, disse.
“É assim nos Estados Unidos. Não sei quantos partidos temos, talvez uns 30, mas vamos supor, um ou dois partidos com grande poder econômico e influência orientam os outros ‘não indica ninguém’. Os outros partidos não teriam escolha. A opção estaria servida na mesa. Essa forma [de combinar os candidatos entre os grandes partidos] piora substancialmente o que temos hoje. Só nós [um grupo seleto] seríamos candidatos, os outros não seriam’, argumentou.
Bolsonaro citou ainda as dificuldades que teve na busca por uma legenda após a definição de que concorreria à Presidência. “Veja a dificuldade que tive para me candidatar. No final, o partido espera alguma vantagem para si. Os grandes acertos político-partidários vêm do fundo partidário e do tempo de televisão. Foi demonstrado que dá para fazer política sem o fundo partidário”, disse.