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Mais de 20 artistas lançam hino para demarcação de terras indígenas; veja o videoclipe

Congresso em Foco

25/4/2017 | Atualizado 29/11/2017 às 12:18

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[caption id="attachment_291416" align="aligncenter" width="590" caption="Mais de 20 artistas da música popular brasileira e do teatro gravaram um hino à demarcação de terras indígenas no pais"][fotografo]Foto divulgação[/fotografo][/caption]  De Gilberto Gil a Zeca Pagodinho; de Zeca Baleiro a Letícia Sabatella, passando por Ney Mato Grosso, Lenine e Maria Bethânia. Mais de 20 artistas da música popular brasileira e do teatro gravaram um hino à demarcação de terras indígenas no pais. O videoclipe da canção "Demarcação Já", de Carlos Renno e Chico Cesar, foi divulgado nessa segunda-feira (24), como parte das ações da Mobilização Nacional Indígena, que prevê uma série de atos e protestos em Brasília até a próxima sexta-feira (28). Veja o clipe: "É um grito de luta", diz Gilberto Gil, que foi ministro da Cultura no governo Lula. "A gente não pode deixar o que ainda resta, que é tão pouco, quase nada, não ser protegido", explica Lenine. A composição da música (confira a letra abaixo) é uma iniciativa do Greenpeace, do Instituto Socioambiental e da Bem-te-vi, em parceria com as produtoras Cinedelia e O2. Confira quem participou da gravação: Ney Matogrosso Maria Bethânia Gilberto Gil Djuena Tikuna Zeca Pagodinho Zeca Baleiro Arnaldo Antunes Nando Reis Lenine Elza Soares Lirinha - José Paes de Lira Leticia Sabatella José Celso Martinez Corrêa Tetê Espíndola Edgard Scandurra Zélia Duncan Jaques Morelenbaum Dona Onete Felipe Cordeiro Criolo Marlui Miranda BaianaSystem Margareth Menezes Céu Com participação de: Eduardo Viveiros de Castro André Vallias Ailton Krenak Demarcação paralisada A demarcação de terras indígenas no Brasil está parada desde que o presidente Michel Temer assumiu o Planalto, ainda de forma interina. Desde 29 de abril de 2016, nenhum decreto homologando demarcação de terras foi assinado por Temer. Há 72 áreas à espera da assinatura do presidente. A Fundação Nacional do Índio (Funai) também tem sido esvaziada, com corte de cargos e verbas e fechamento de unidades. As ingerências políticas no órgão também têm sido frequentes. Como informou em primeira mão o Congresso em Foco, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), decidiu demitir o presidente da Funai, Antônio Fernandes Toninho Costa, e substituí-lo por um representante da bancada ruralista no Legislativo. A demissão foi exigida pelo líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), porque o presidente da entidade responsável pela gestão das terras indígenas não aceitou nomear 25 pessoas indicadas por ele desde que a nova direção da fundação tomou posse. A decisão política de demitir Antônio Costa foi tomada por Serraglio na quarta-feira (19), data em que se comemora o Dia do Índio, e assustou o presidente da Funai. Os 25 nomes impostos por André Moura para serem contratados pela Funai não são de carreira do órgão. O deputado exigiu que fossem nomeados nas áreas de finanças e de gestão da fundação. Alguns nomes que o ministro deve confirmar vão ocupar superintendências em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Roraima e em Mato Grosso do Sul. A entidade também convive com cortes orçamentários. No ano passado, o orçamento executado foi de R$ 531 milhões - praticamente o mesmo valor de 2015 (R$ 534 milhões). Descontada a inflação, a perda foi de quase 11%. Em setembro do ano passado um decreto estipulou um corte de 38% dos recursos para custeio e investimento na Funai. Segundo o Censo de 2010, 817 mil indígenas vivem no país. Estima-se que eram 3 milhões em 1500, quando os portugueses desembarcaram por aqui pela primeira vez. Nessa segunda, começou a 14ª edição do Acampamento Terra Livre, que já reúne cerca de 3 mil indígenas, de cem povos diferentes e de todas as regiões do país, em Brasília, para uma agenda de protestos, atos públicos, audiências com autoridades, debates e atividades culturais que durará toda a semana. O acampamento começou a tomar forma pela manhã, ocupando o gramado ao lado do Teatro Nacional de Brasília. Durante a tarde e o início da noite, representantes e delegações indígenas de todas as regiões do Brasil tomaram o local por completo. Confira a letra de "Demarcação já" (letra de Carlos Rennó e música de Chico César):   Confira a letra de "Demarcação já" (letra de Carlos Rennó e música de Chico César): "Já que depois de mais de cinco séculos E de ene ciclos de etnogenocídio, O índio vive, em meio a mil flagelos, Já tendo sido morto e renascido, Tal como o povo kadiwéu e o panará - Demarcação já! Demarcação já! Já que diversos povos vêm sendo atacados, Sem vir a ver a terra demarcada, A começar pela primeira no Brasil Que o branco invadiu já na chegada: A do tupinambá - Demarcação já! Demarcação já! Já que, tal qual as obras da Transamazônica, Quando os milicos os chamavam de silvícolas, Hoje um projeto de outras obras faraônicas, Correndo junto da expansão agrícola, Induz a um indicídio, vide o povo kaiowá, Demarcação já! Demarcação já! Já que tem bem mais latifúndio em desmesura Que terra indígena pelo país afora; E já que o latifúndio é só monocultura, Mas a T.I. é polifauna e pluriflora, Ah!, Demarcação já! Demarcação já! E um tratoriza, motosserra, transgeniza, E o outro endeusa e diviniza a natureza: O índio a ama por sagrada que ela é, E o ruralista, pela grana que ela dá; Hum. Bah! Demarcação já! Demarcação já! Já que por retrospecto só o autóc Tone mantém compacta e muito intacta, E não impacta, e não infecta, e se Conecta e tem um pacto com a mata -Sem a qual a água acabará -, Demarcação já! Demarcação já! Pra que não deixem nem terras indígenas Nem unidades de conservação Abertas como chagas cancerígenas Pelos efeitos da mineração E de hidrelétricas no ventre da Amazônia, em Rondônia, no Pará. Demarcação já! Demarcação já! Já que "tal qual o negro e o homossexual, O índio é 'tudo que não presta'", como quer Quem quer tomar-­lhe tudo que lhe resta, Seu território, herança do ancestral, E já que o que ele quer é o que é dele já, Demarcação, "tá"? Demarcação já! Pro índio ter a aplicação do Estatuto Que linde o seu rincão qual um reduto, E blinde-­o contra o branco mau e bruto Que lhe roubou aquilo que era seu, Tal como aconteceu, do pampa ao Amapá, Demarcação lá! Demarcação já! Já que é assim que certos brancos agem: Chamando-­os de selvagens, se reagem, E de não índios, se nem fingem reação À violência e à violação De seus direitos, de Humaitá ao Jaraguá; Demarcação já! Demarcação já! Pois índio pode ter iPad, freezer, TV, caminhonete, "voadeira", Que nem por isso deixa de ser índio Nem de querer e ter na sua aldeia Cuia, canoa, cocar, arco, maracá. Demarcação já! Demarcação já! Pra que o indígena não seja um indigente, Um alcoólatra, um escravo ou exilado, Ou acampado à beira duma estrada, Ou confinado e no final um suicida, Já velho ou jovem ou - pior - piá. Demarcação já! Demarcação já! Por nós não vermos como natural A sua morte sociocultural; Em outros termos, por nos condoermos - E termos como belo e absoluto Seu contributo do tupi ao tucupi, do guarani ao guaraná. Demarcação já! Demarcação já! Pois guaranis e makuxis e pataxós Estão em nós, e somos nós, pois índio é nós; É quem dentro de nós a gente traz, aliás, De kaiapós e kaiowás somos xarás, Xará. Demarcação já! Demarcação já! Pra não perdermos com quem aprender A comover-­nos ao olhar e ver As árvores, os pássaros e rios, A chuva, a rocha, a noite, o sol, a arara E a flor de maracujá, Demarcação já! Demarcação já! Pelo respeito e pelo direito À diferença e à diversidade De cada etnia, cada minoria, De cada espécie da comunidade De seres vivos que na Terra ainda há, Demarcação já! Demarcação já! Por um mundo melhor ou, pelo menos, Algum mundo por vir; por um futuro Melhor ou, oxalá, algum futuro; Por eles e por nós, por todo mundo, Que nessa barca junto todo mundo "tá", Demarcação já! Demarcação já! Já que depois que o enxame de Ibirapueras E de Maracanãs de mata for pro chão, Os yanomami morrerão deveras, Mas seus xamãs seu povo vingarão, E sobre a humanidade o céu cairá, Demarcação já! Demarcação já! Já que, por isso, o plano do krenak encerra Cantar, dançar, pra suspender o céu; E indígena sem terra é todos sem a Terra, É toda a civilização ao léu Ao deus­-dará. Demarcação já! Demarcação já! Sem mais embromação na mesa do Palácio, Nem mais embaço na gaveta da Justiça, Nem mais demora nem delonga no processo, Nem retrocesso nem pendenga no Congresso, Nem lengalenga, nenhenhém nem blablablá! Demarcação já! Demarcação já! Pra que nas terras finalmente demarcadas, Ou autodemarcadas pelos índios, Nem madeireiros, garimpeiros, fazendeiros, Mandantes nem capangas nem jagunços, Milícias nem polícias os afrontem. Vrá! Demarcação ontem! Demarcação já! E deixa o índio, deixa o índio, deixa os índios lá." Ministro da Justiça demite presidente da Funai por não nomear indicações do PSC
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