Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
13/12/2012 | Atualizado 17/1/2013 às 17:58
[fotografo]Cadu Gomes/Agência Senado[/fotografo][/caption]Membros da bancada do Rio de Janeiro no Congresso iniciaram a ofensiva contra a intenção de parlamentares de estados não produtoresde colocar em votação o veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de partilha dos royalties do petróleo. Dois mandados de segurança, um deles formalizado instantes após a aprovação, foram apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a sessão plenária de ontem (12). Deputados e senadores aprovaram o requerimento de urgência para colocar os vetos em votação no Congresso.
Para congressistas fluminenses, houve desrespeito à Constituição e ao regimento comum de Câmara e Senado. Eles esperam do ministro do STF Luiz Fux, a quem foram distribuídos os mandados, a concessão de uma liminar a tempo de evitar a votação do veto, agendada para a próxima terça-feira (18). "Ontem foi a farra da burla à Constituição e ao regimento [comum]", disse o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), autor de um dos mandados de segurança.
Segundo os parlamentares, o rito especial de vetos presidenciais foi desrespeitado em nome da imposição do grupo majoritário de deputados e senadores. Na fila de votações estão 3.205 vetos, dos quais 3.060 lidos e aptos à votação. Nesta legislatura já são 38, incluído aquele referente à redistribuição de royalties.
"A maioria não pode, para impor a sua vontade, impor também a regra para desrespeitar os direitos da minoria. O que o Estado do Rio de Janeiro e o governador Sérgio Cabral vêm defendendo ao longo do tempo não é uma postura de intransigência quanto a negociar. Mas não negociamos princípios: nosso limite é o da lei, dos princípios que regem a Federação e o equilíbrio dos estados. Esse é nosso norte", emendou o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
A estratégia da bancada fluminense foi personificada, além de Molón, pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e por Picciani, que concederam entrevista coletiva nesta quinta-feira (13), no Salão Verde da Câmara. "Eles gritavam 'é maioria, é maioria'. Seja um senador, um deputado apenas - a maioria não pode passar por cima do regimento, da Constituição", reclamou Lindbergh, apontando uma das "burlas" regimentais.
"O Senado não é omisso quanto à urgência; o artigo 336 fala da urgência. Sabe por que eles pularam [o regulamento] do Senado? Porque lá eles tinham que apresentar [requerimento de urgência] avulso, e eles não tinham isso. Pegaram o regimento da Câmara", emendou o senador, referindo-se à exigência de observância ao regimento comum às duas Casas legislativas. Lindbergh disse ainda não ter gostado da condução, por parte da vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), da sessão que aprovou a urgência. "Ela quer ser presidente da Câmara", fustigou.
"Bullying federativo"
Dilma vetou integralmente o artigo 3º do projeto, protegendo contratos já licitados entre estados, municípios e empresas envolvidas com a exploração do minério. Essa era a principal preocupação do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, principais estados produtores de petróleo, preocupados com perdas bilionárias da receita proveniente da atividade. Leilões e contratos futuros, por outro lado, passarão a obedecer a uma tabela que, progressivamente, eleva os repasses de royalties para estados não produtores, descentralizando o montante tradicionalmente repassado, a título de compensação por danos sócio-ambientais, para entes federativos produtores.
Os parlamentares fluminenses se dizem confiantes em uma liminar que impeça a votação do veto. Para tanto, segundo Picciani, a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro vai solicitar audiência com o ministro Luiz Fux nos próximos dias, para tentar demonstrar a inconstitucionalidade de uma eventual derrubada do veto. Caso a tarefa fracasse, adiantam os congressistas, uma série de contestações judiciais será executada nos próximos dias.
Entre diversos pontos do regimento comum que teriam sido violados, o mandado de segurança aponta uma nova modalidade de intimidação por meio da "força" ou do "tamanho". "Nada, absolutamente nada, justifica a medida [urgência para o veto] senão um verdadeiro 'bullying federativo' que vem sendo suportado pelos estados produtores na matéria em questão. A maioria - que não é eventual e maioria sempre será - busca com o requerimento fazer valer a sua vontade nem que, para isso, preceitos constitucionais sejam violados", diz o item 25 do documento.
Saiba mais sobre o Congresso em Foco (2 minutos em vídeo)Tags
Temas
DEFESA DA ADVOCACIA
OAB pede reunião urgente com INSS após postagem sobre benefícios
AGENDA DO SENADO
Pauta do Senado tem isenção do IR e proteção a direitos sociais
A revolução dos bichos
Júlia Zanatta diz que galinha pintadinha é "militante do PSOL"
TENTATIVA DE GOLPE
STF começa na sexta a julgar recurso de Bolsonaro contra condenação
SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda o projeto de lei antifacção e o que muda no combate ao crime