Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Eliana Calmon: "Corregedorias estão despreparadas para fiscalizar"

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Eliana Calmon: "Corregedorias estão despreparadas para fiscalizar"

Congresso em Foco

28/2/2012 | Atualizado 17/4/2014 às 20:09

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_48788" align="alignleft" width="147" caption="Para Eliana Calmon, "ranços" na cultura do Judiciário dificultam o trabalho da corregedoria"][/caption] A ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, defendeu hoje (28) a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição para esclarecer e ampliar as competências do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Corregedoria Nacional de Justiça. A ministra afirmou que atualmente, as corregedorias dos tribunais estaduais não têm preparo suficiente para investigar os magistrados. Veja outros temas de destaque hoje no Congresso em Foco A ministra participou de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O objetivo da reunião foi apresentar subsídios aos senadores para votarem a PEC 97/2011, de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Para ela, a audiência foi uma oportunidade para desabafar. "Aqui eu posso falar o que eu quiser, porque ninguém vai dizer que me excedi, porque quem me perguntou foram os senadores", disse. Para a ministra, a aprovação da PEC garante a atuação permanente do CNJ. Ela lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada no início do mês, que reconheceu a prerrogativa do CNJ para iniciar investigações contra juízes sob suspeição, independentemente de apuração feita pelas corregedorias dos tribunais. No entanto, a decisão foi tomada em caráter liminar, e por isso, ainda pode ser derrubada. Ajufe diz que CNJ ignora suas próprias regras Eliana Calmon também rebateu a tese de que a Corregedoria Nacional de Justiça seja um "tribunal de exceção" para juízes. De acordo com a ministra, as denúncias e representações são investigadas sigilosamente e, se forem aceitas, os acusados têm o direito à ampla defesa garantido. Ranços Em resposta aos senadores, a ministra afirmou que uma das principais dificuldades no trabalho de disciplinar magistrados é justamente a cultura existente de que a classe precisa se proteger. "Temos a consciência de que o grande papel de disciplina é feito pelas corregedorias locais, que estão absolutamente despreparadas para atender a demanda necessária, e também pela cultura que se estabeleceu com ranços, inclusive de uma civilização 'bonapartista', de que temos de nos proteger", afirmou a corregedora. A ministra também criticou o medo dos corregedores de desagradar seus pares enquanto estão atuando nas corregedorias. Ela afirmou que muitos desejam chegar à presidência dos tribunais, e uma investigação danosa a outro magistrado, poderia atrapalhar sua eleição. "Os melhores corregedores são os que não tem idade para chegar à presidência dos tribunais. Temos que fortalecer as corregedorias, mas temos que saber como fazer isso", disse. A deficiência das corregedorias estaduais demonstra a necessidade e importância da corregedoria nacional, segundo a ministra, que afirmou que o Poder Judiciário passa por um "esgarçamento ético bastante acentuado". O juiz do trabalho Paulo Schmidt, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), também convidado para a audiência, afirmou que a entidade apoia a atuação do Conselho, mas disse esperar maior atuação do conselho na defesa da independência dos juízes, e não só na parte em que faz o controle disciplinar. Foi justamente a competência do CNJ em investigar e punir juízes que foi o motivo do questionamento feito pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) no STF. De autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o projeto terá o relatório favorável do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP). Ambos os parlamentares voltaram a discutir a possibilidade de imposição de sanções mais rigorosas aos magistrados denunciados. Pelo atual texto da PEC 97/2011, o CNJ só pode punir juízes com advertência, censura, remoção, disponibilidade e aposentadoria compulsória. Demóstenes lembrou que não inseriu as penas de demissão e cassação de aposentadoria pois já foi aprovada, em 2010, uma proposta que trata do assunto (PEC 89/2003). No entanto, a PEC ainda não foi analisada pela Câmara dos Deputados. Eliana Calmon protagonizou recentemente, uma guerra entre magistrados por defender o poder do conselho de agir independentemente de tribunais e suas corregedorias quanto à análise de denúncias e processos contra juízes. Criado em 2004, o CNJ tem a missão de planejar, fazer o controle e garantir a transparência do trabalho dos magistrados. Saiba mais sobre o Congresso em Foco (2 minutos em vídeo)
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

CNJ Judiciário Eliana Calmon

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Análise de Indicações

CCJ examina relatórios de indicações para autoridades

Economia

Banco Central confirma incidente de vazamento de dados de chaves Pix

Judiciário

Lula sanciona lei que transforma cargos de técnico em analista no STJ

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL

Deputado pede prisão de Hytalo Santos após denúncia de Felca

2

Tarifaço

Motta critica Eduardo Bolsonaro: "Nem os seus apoiadores concordam"

3

REAÇÃO NA CÂMARA

Vídeo de Felca gera mais de 30 projetos sobre adultização de crianças

4

Tributação Financeira

Haddad debate nova tributação de fundos e ativos virtuais no Senado

5

Revisão

Haddad diz estar aberto a flexibilizar mudanças no seguro-defeso

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES