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Reunião de Lula com ministros termina sem anúncio de corte de despesas

O chefe do Executivo enfrenta divergências internas com seus auxiliares e busca um acordo para anunciar as ações que serão implantadas

8/11/2024
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Lula, Alckmin e Rui Costa durante reunião com ministros para discutir ajuste fiscal. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O governo chegou ao final da semana sem anunciar as medidas para cortar gastos e equilibrar as contas públicas. O presidente Lula esteve reunido com ministros nesta tarde por mais de três horas. Nenhuma ação,  porém, foi divulgada. Este é o quinto dia consecutivo de encontros voltados à formulação do pacote de medidas que será enviado ao Congresso. O chefe do Executivo enfrenta divergências internas com seus auxiliares e busca um acordo para anunciar suas propostas. Ao todo, nove ministros das áreas econômica e social foram convocados, bem como outras autoridades, para debater as medidas. Foram eles:
  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
  • Rui Costa, ministro da Casa Civil;
  • Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;
  • Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria;
  • Esther Dweck, ministra da Gestão;
  • Camilo Santana, ministro da Educação;
  • Luiz Marinho, ministro do Trabalho;
  • Nísia Trindade, ministra da Saúde;
  • Paulo Pimenta, da Secom;
  • Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil;
  • Guilherme Mello, secretário de Política Econômica da Fazenda;
  • Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil;
  • Jorge Messias, advogado-geral da União; e
  • Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda
Haddad cancelou uma viagem no início da semana à Europa, onde cumpriria uma agenda com autoridades e investidores em Paris, Londres, Berlim e Bruxelas, a pedido de Lula. Ele e a ministra Simone Tebet defendem uma redução das despesas, para, assim, cumprir a meta do arcabouço fiscal. Porém, os demais ministros resistem a cortes de recursos em suas respectivas áreas. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, ameaçou se demitir caso sua área seja atingida. O déficit primário se dá quando as receitas provenientes de tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Quando é o oposto, ocorre um superávit. A meta fiscal do governo é zerar o déficit nas contas públicas em 2024, isto é, equilibrar as arrecadações e gastos. Segundo o Tesouro Nacional, entre janeiro e setembro as contas do governo apresentaram um déficit de R$ 105,2 bilhões.
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