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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
30/8/2011 | Atualizado às 10:46
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Os anti-heróis da política ganharam destaque nesta segunda-feira (29) no humorístico-jornalístico CQC, da TV Bandeirantes. No caminho inverso do Prêmio Congresso em Foco (leia tudo sobre), que busca valorizar os parlamentares bem intencionados no exercício dos seus mandatos, a trupe de Marcelo Tas promoveu no Congresso uma votação-relâmpago, entre os próprios congressistas, para eleger o pior deles. Comparando-se as iniciativas, é mera coincidência qualquer alusão ao Super Homem Bizarro, personagem maligno que é o inverso do famoso herói da editora norte-americana DC Comics - ressalte-se que políticos não enfraquecem diante de criptonita e, ao contrário dos movimentos contrários do mundo bizarro, o dinheiro da corrupção não costuma voltar aos cofres públicos.
O vencedor das más práticas parlamentares, segundo a escolha dos próprios colegas, foi o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). Apelidado pelo pai de "Boy", Valdemar foi apontado como um dos envolvidos no esquema de compra de votos que ficou conhecido como mensalão, em 2005. E, mais recentemente, tem sido citado em denúncias de corrupção supostamente operada pelo seu partido junto ao Ministério dos Transportes - a repercussão de diversas notícias sobre o assunto levou à queda do correligionário Alfredo Nascimento, ex-chefe daquela pasta e senador pelo Amazonas. Valdemar é secretário geral do PR.
Valdemar não falou para a reportagem do CQC, que o procurou até em seu gabinete. Visivelmente contrariada, uma assessora tentava fazer o apresentador Rafael Cortez, que realizou a "eleição", desistir da empreitada.
Deputado procurado pela Interpol (confira), a polícia internacional, Paulo Maluf (PP-SP) venceu na categoria "mais ausente" - leia-se "que menos trabalha", segundo o pleito bem humorado. "Mas você foi fazer uma enquete sobre o Corinthians perguntando para palmeirenses?", questionou Maluf a Rafael Cortez, insistindo na cantilena de realização de obras públicas durante seus mandatos como governador de São Paulo - muitas das quais superfaturadas, como revelaram investigações do Ministério Público paulista. Maluf ganhou o voto de deputados como Ivan Valente (Psol-SP) e Romário (PSB-RJ) - revelação feita pelo próprio CQC, numa clara violação de "sigilo eleitoral".
Outras categorias foram elencadas no "Prêmio CQC", entre elas "parlamentar mais marqueteiro", que usa recorrentemente os meios de comunicação do Congresso para se promover. Venceu Mauro Benevides (PMDB-CE), para quem o Parlamento "é para falar". Já o troféu "parlamentar mais histérico" ficou para o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), vencedor por unanimidade - ele recebeu o voto, entre outros, de Jean Wyllys (Psol-RJ). "Dessa [escolha] eu gostei. Vou continuar gritando, principalmente quando for importante para o país", disse o neto do ex-senador e ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007.
Reações
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), reagiu diplomaticamente à abordagem do CQC. "Eu não posso participar desse negócio, porque sou presidente da Câmara", recuou o petista, manifestando também bom humor. "Cadê a Mônica? Ela é muito mais bonita do que você", perguntou a Rafael Cortez, referindo-se à única mulher do CQC, Mônica Iozzi.
Assista a vídeo feito pela reportagem no Prêmio Congresso em Foco 2010:
Furamos o CQC! Veja Mônica Iozzi aqui antes
Outro petista também resolveu evitar a votação. "Eu não posso participar de uma votação para escolher os piores parlamentares, bem como não posso escolher os melhores", refugou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), desconcertado quando Rafael Cortez quis saber, diante da negativa, quem o deputado "pegaria".
Já Gastão Vieira (PMDB-MA) preferiu a crítica à brincadeira. "O Congresso em Foco elege os melhores parlamentares de uma forma muito estranha. [O CQC] escolher os piores também parece muito estranho", disse o deputado, talvez por desconhecimento de causa ou desgostoso por jamais ter vencido em qualquer categoria do Prêmio Congresso em Foco, a partir da avaliação de jornalistas especializados na análise da atividade legislativa. Marcelo Tas ressaltou o fato de Gastão ter dito, a respeito de seu próprio partido, que se trata do "partido dos traíras", em que "todo mundo manda e ninguém obedece".
Veja o vídeo:
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