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Conselho rejeita cassação de deputado ligado a Cachoeira

21/8/2013
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[caption id="attachment_124810" align="alignright" width="290" caption="Com a decisão, Leréia não corre mais o risco de ter o mandato cassado"][fotografo]Antônio Araujo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]No mesmo dia que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o pedido de cassação de Natan Donadon (sem partido-RO), o Conselho de Ética da Câmara rejeitou, por 12 votos sim, três não e uma abstenção, o parecer pela cassação de mandato do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). Ele responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no órgão pelo seu envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Nesta quarta-feira (21), o relator do processo, Ronaldo Benedet (PMDB-SC), apresentou seu voto pela cassação do mandato. Para ele, os documentos colhidos no processo mostram que a relação do tucano com Cachoeira estava longe de ser apenas amizade, envolvendo "negócios ilícitos, empréstimos de origem bastante duvidosa e atividades que levaram o representado à prática de atos claramente contrários à ética e ao decoro parlamentar". No relatório, Benedet apresentou trechos de investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o bicheiro. Mostrou diálogos que, na visão do peemedebista, são suficientes para configurar a quebra de decoro e justificar a cassação de mandato. "O rol de irregularidades graves cometidas durante o mandato e que afetaram a dignidade da representação popular, infelizmente, é extenso e variado", disse. No entanto, pesou o apelo feito por Leréia aos integrantes da comissão. Presente na sessão - interrompida semana passada por um pedido de vista do deputado Sérgio Brito (PSC-BA) -, o tucano disse que sua família está sofrendo com o caso e que sua relação com Cachoeira é apenas de amizade. "Nunca escondi a minha relação com ele", afirmou. Com a derrubada do parecer, um novo relator foi indicado. Mauro Lopes (PMDB-MG) terá a missão de elaborar um relatório para conduzir o voto vencedor. Ele pode sugerir a absolvição, o que é mais provável, ou uma pena alternativa, como sanção por escrito ou suspensão do mandato. Nesta fase, a cassação já está descartada. "Eu como presidente posso dizer que fiquei um pouco decepcionado, O relatório era super bem embasado. O relator preparou um relatório forte, confiável. Eu não esperava a votação que aconteceu dentro do conselho, é uma pena", disse o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar Junior (PSD-SP). Como votaram os deputados: Contra o relatório: Sibá Machado (PT-AC) Margarida Salomão (PT-MG) Mauro Lopes (PMDB-MG) Wladimir Costa (PMDB-PA) Izalci (PSDB-DF) Renzo Braz (PP-MG) Paulo Freire (PR-SP) Sérgio Moraes (PDT-RS) Zequinha Marinho (PSC-MA) Stepan Nercessian (PPS-RJ) Lázaro Botelho (PP-TO) A favor do relatório: Ronaldo Benedet (PMDB-SC) César Colnago (PSDB-ES) Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Abstenção: Marcos Rogério (PDT-RO) Mais sobre o caso Cachoeira
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