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Congresso em Foco
28/6/2011 0:05
Mário Coelho
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, rebateu há pouco a denúncia de que teria se associado ao ex-governador paulista Orestes Quércia para comprar documentos falsos que ligariam o tucano José Serra, seu adversário na disputa ao governo paulista em 2006, à máfia das ambulâncias. Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, Mercadante classificou como "história fantasiosa" o seu envolvimento com o chamado dossiê Vedoin. Para ele, não há "fato novo" na reportagem publicada no último dia 18 pela revista Veja que o aponta como mentor e principal beneficiário da compra de um dossiê que ligaria o tucano aos sanguessugas.
"A tese do envolvimento do Quércia não é nova, apareceu na época. E voltou agora porque o Quércia está morto. Ele nunca foi meu aliado, ele era aliado do PSDB. A história não para em pé. Se ele estivesse vivo, estaria aqui para desmentir", afirmou Mercadante.
A revista se baseia em conversa gravada na qual o petista Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil e um dos pivôs do escândalo à época, diz que a compra do dossiê foi financiada por dinheiro do caixa dois da campanha do PT ao governo de São Paulo e por Quércia, morto em dezembro do ano passado. Como contrapartida, em caso de vitória petista ao governo paulista, o peemedebista ficaria com um naco do governo. Durante sua intervenção, Mercadante lamentou que a denúncia tenha partido de integrantes de seu partido.
Para reforçar a tese de que não teve qualquer envolvimento na confecção e compra do dossiê dos aloprados, Mercadante citou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na época. Por unanimidade, os ministros da mais alta corte do país decidiram arquivar o inquérito contra o petista e seu coordenador financeiro de campanha. O ministro lembrou ainda que o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, também afastou a possibilidade de seu envolvimento no caso. "Fui absolvido pelo STF e poupado por um procurador que nunca poupou ninguém nesta Casa e na Câmara", disse Mercadante.
O ex-senador ressaltou que só encontrou Expedito Veloso "uma vez na vida" e nunca teve envolvimento com ele. Mercadante também disse que Jorge Lorenzetti, outro apontado pela revista como envolvido no caso, não esteve no seu gabinete em oito anos de mandato. "Enfiaram o Lorenzetti para tentar envolver a Ideli", disse, fazendo referência à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ela e Lorenzetti têm atuação política em Santa Catarina.
Antes de ser questionado sobre o caso dos "aloprados", Mercadante falou sobre o tema "Economia e Competitividade: A Importância da Inovação", para o qual foi convidado a discorrer na Comissão de Assuntos Econômicos.
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