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Congresso em Foco
17/8/2007 | Atualizado 19/8/2007 às 0:01
Sylvio Costa
Em quase toda a América Latina, saíram de cena os conflitos armados entre governos e grupos de esquerda, que se propagaram quase como epidemia durante a última safra de ditaduras militares. Não na Colômbia. Ali, desde 1964 organizações que se intitulam marxistas revolucionárias travam uma sangrenta luta para chegar ao poder (leia mais).
O tema é retratado pelo respeitado fotógrafo norte-americano Stephen Ferry na excelente revista eletrônica PicturaPixel. Também na revista, outro ensaio de Ferry, que tem como cenário as belas montanhas de Serra Nevada, onde vivem os índios Tayrona (confira). Eles se julgam incumbidos da missão de salvar o mundo.
A pretensão dos responsáveis pela PicturaPixel – os fotógrafos Cláudio Versiani, também colunista do Congresso em Foco, Gilberto Tadday e Hans Georg – não é tanta. A proposta é assim sintetizada no site: “Pictura é pintura, imagem. Pixel é o menor elemento de uma imagem. No meio, estamos nós, em busca das melhores imagens e seguindo a trilha da paixão fotográfica. PicturaPixel é uma revista multimídia dedicada à fotografia”.
“A revista surgiu porque queríamos repassar a quantidade de informações a que temos acesso morando em Nova York”, explica Cláudio Versiani. “Os melhores fotógrafos e agências fotográficas do mundo estão aqui, onde a grana está. Os EUA têm uma cultura fotográfica que poucos países têm. Desconfio que duas cidades no mundo podem ser consideradas centros mundiais de fotografia, Paris e Nova York”.
Na revista, na qual também são publicados portfolios de fotógrafos brasileiros, as fotos são acompanhadas de áudio com depoimentos dos autores das imagens. Há ainda vídeo e histórias muito saborosas. Como a passagem de Gordon Parks, primeiro fotógrafo negro da Life, pelo Brasil (acesse). Ou o anúncio que permitiu a Gilberto e Cláudio receberem de mãos beijadas material fotográfico e vários objetos de um papa da fotografia, Arnold Newman (leia).
Sangue e maravilha
Os dois ensaios de Stephen Ferry são um mergulho profundo na realidade colombiana. Resultaram do tempo em que o fotógrafo morou naquele país.
A guerra foi o que mais o impressionou, pela violência usada tanto pelas guerrilhas quanto pelas forças que as combatem (governo e paramilitares) e pelo número de vítimas. Em entrevista à PicturaPixel, disse que a Colômbia possui o segundo maior número de refugiados do planeta, ultrapassada apenas pelo Sudão.
“Todos os dois lados armados são cruéis. Ao mesmo tempo, eles também representam um povo maravilhoso e muito criativo, uma cultura incrível. A arte é forte e a música é demais”, afirma.
Stephen Ferry teve em relação à Colômbia uma reação que ocorre com a maioria dos estrangeiros que a conhecem: total surpresa. “O país tem representado para mim mais, muito mais do que eu jamais esperei ou imaginei – surpreendente, lindo, complexo, doce, assustador, cheio de vida, uma verdadeira terra de malucos”.
Em Serra Nevada, onde é forte a presença de guerrilheiros, o fotógrafo conheceu os índios Tayrona: “Eles praticam uma filosofia própria, de pacifismo e de completa atenção à natureza. Acreditam que cuidar da montanha para que a antiga Serra Nevada não seja destruída é a razão principal da vida deles. Porque se ela for destruída, todo o planeta irá sofrer. Então eles acreditam que são responsáveis pelo mundo inteiro”.
Por isso mesmo, os Tayronas estão preocupados. Nestes tempos de superaquecimento, já perceberam que o pico de neve que fica no topo da serra está derretendo...
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