Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Reeleição caiu no gosto da sociedade

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Reeleição caiu no gosto da sociedade

Congresso em Foco

16/5/2011 7:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_45575" align="alignleft" width="300" caption="Duas pesquisas apontam que a sociedade apoia a reeleição, um instituto que hoje está sob questionamento no debate da reforma política"]Duas pesquisas apontam que a sociedade apoia a reeleição, um instituto que hoje está sob questionamento no debate da reforma política[/caption]

Mário Coelho

As comissões especiais de reforma política, instaladas na Câmara e no Senado, correm na contramão da opinião pública quanto à possibilidade de presidente da República, governadores e prefeitos concorrerem a um novo mandato. É isso que revela pesquisa inédita feita pela Dados Pesquisa, Opinião e Mercado no Distrito Federal. O levantamento aponta que seis em cada dez moradores da capital da República são favoráveis à reeleição de chefes do Executivo.

A pesquisa, publicada com excluvidade ao Congresso em Foco,  foi realizada no período de 2 a 6 de abril de 2011 e ouviu 1,5 mil do Distrito Federal. A amostra foi distribuída por cotas de sexo, faixa etária e renda da população, obedecendo dados secundários do IBGE e da PNAD. A margem de erro desta pesquisa é de 2,53% e o intervalo de confiança de 95%. ?É um dado que deve se refletir no Brasil, se for feita pesquisa nacional?, acredita o diretor de marketing da Dados, Renato Riella.

De acordo com os números da pesquisa, 61,5% dos entrevistados são favoráveis à reeleição, 23% se disseram contra e 11,1% não são nem a favor nem contra. ?Isso mostra que o povo está satisfeito com os mandatários, especialmente se analisarmos a quantidade que se reelegeu?, disse Riella. Ele acrescenta também que a falta de perspectiva de renovação e a falta de opções ajudam no sentimento de que a reeleição é válida.

Apesar da pesquisa ter sido feita apenas no Distrito Federal, outro levantamento tem número muito parecido. Divulgado no mês passado, levantamento do Instituto DataSenado aponta que 58%  da população concorda com a atual duração dos mandatos e o direito a uma reeleição, para os ocupantes de cargos de governo (prefeitos, governadores e presidente da República).

A pesquisa foi feita por meio de entrevistas telefônicas, usando um questionário estruturado com respostas estimuladas e levantamento por amostragem. A margem de erro admitida é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança utilizado é de 90%.
Os dados foram coletados no período de 21 a 29 de março de 2011, totalizando 797 entrevistas.

Porém, mesmo com os números mostrando que a maior parte da população é favorável à reeleição, os integrantes das duas comissões de reforma eleitoral que discutem o tema na Câmara e no Senado se colocam contra a possibilidade. No Senado, a discussão já está encerrada. Em março, os senadores aprovaram a elaboração de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), ainda não redigida, que proíbe a reeleição e aumenta o mandato no Executivo de quatro para cinco anos.

Durante a discussão na Casa, a maioria do colegiado se colocou contra a possibilidade de reeleição. Inclusive senadores que foram reeleitos quando eram governadores de estado, casos de Luiz Henrique (PMDB-SC), Aécio Neves (PSDB-MG) e Wellington Dias (PT-PI). A tese formada pela maioria é que fica difícil separar o candidato do chefe do Executivo, mesmo que ele se desencompatibilize do cargo. O peemedebista catarinense, por exemplo, chegou a renunciar ao mandato para concorrer a mais quatro anos no governo de Santa Catarina.

Marcada por suspeitas

A emenda constitucional número 16, que possibilitou a reeleição no Executivo, foi aprovada em 1997 pelo Congresso. O processo ficou marcado por suspeitas de corrupção.

Gravações publicadas na época pelo jornal Folha de S. Paulo revelaram conversas entre o então deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) e outra pessoa, na época identificada como ?Senhor X?. Nas conversas, o pefelista afirmou que ele e mais quatro deputados receberam 200 mil reais para votar a favor da reeleição, pagos pelo então governador do Acre, Orleir Cameli.

?Com reeleição, nós não temos o mesmo ponto de largada, porque aquele que vai disputar a reeleição vai abusar, politicamente, do exercício desse cargo. Nós temos acompanhado, na nossa história recente, que isso tem, efetivamente, ocorrido?, argumentou o senador Pedro Taques (PDT-MT), na reunião que decidiu pela proibição da reeleição. Ele não aceita o argumento da continuidade administrativa. ?Sou contrário à reeleição, uma vez que ela viola a igualdade dos concorrentes naquela eleição, disse.

Para Wellington Dias, que governou o Piauí por dois mandatos, é ?impossível? separar o governante do candidato. ?Nem o candidato consegue isso, quanto mais a lei, quanto mais a Justiça Eleitoral?, disse. ?Além do que, as regras para poder colocar isso paralisam o país, porque o governante que vai concorrer à reeleição fica impedido de fazer convênio, fica impedido de começar uma obra, enfim, acho que essa [o fim da reeleição] é uma medida em favor do povo?, comentou, na mesma sessão.

Somente dois dos 15 senadores da comissão especial se colocaram a favor da manutenção do atual sistema. A maior parte quer o fim da reeleição com mandato de cinco anos. Um dos que ficaram favoráveis à reeleição foi o presidente do colegiado, Francisco Dornelles (PP-RJ). ?Eu sou totalmente favorável à reeleição, sou favorável ao mandato de quatro anos com reeleição. Na realidade, temos um mandato de oito anos e, no final de quatro anos, o povo se manifesta, se deseja mudar ou continuar?, afirmou.

Câmara

Com prazo maior de funcionamento do que a do Senado ? 120 dias contra 45 ? a comissão instalada na Câmara ainda não discutiu o tema. Até o momento, o relator do colegiado, deputado Henrique Fontana (PT-RS), tem se debruçado sobre outros temas. Na quinta-feira (12), ele disse que vai propor a criação de um fundo nacional administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para receber recursos de empresas interessadas em financiar as campanhas eleitorais.

Apesar de o colegiado ainda não ter discutido o assunto, deputados já se movimentam para acabar com a reeleição. No fim de abril, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) entregou ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) uma série de propostas sobre a reforma política. Entre elas, o fim da reeleição. Pela proposta da legenda, fica proibida a reeleição para os cargos de presidente, governador e prefeito. O mandato permanece em quatro anos. Para o partido, a reeleição para o Executivo foi uma experiência que não deu certo.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

LEIA MAIS

Manchetes dos jornais: Palocci multiplica seu patrimônio por 20 em 4 anos

Destaques das revistas: Interessados no Código, 27 parlamentares querem se livrar de multas do Ibama

Nos jornais: base de Dilma dá primeiros sinais de crise

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

REAÇÃO AO TARIFAÇO

Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump

2

VÍDEO

Valdemar Costa Neto admite "planejamento de golpe", mas nega crime

3

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

4

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

5

TRANSPARÊNCIA

Dino pede que PF investigue desvios em emendas de nove municípios

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES