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Congresso em Foco
23/9/2010 18:32
[/caption]Roseann Kennedy
Para evitar mais problemas com indicações políticas nos Correios nesta reta final de governo, um funcionário de carreira deverá ocupar a Diretoria de Operações da estatal. O nome escolhido, de um servidor com 25 anos de casa, já teve o aval dos ministros do Planejamento e das Comunicações e agora está em análise do presidente Lula.
É aquela velha história: gato escaldado tem medo de água fria. E para não entrar numa gelada, nesta reta final de campanha, o ditado pode ser adaptado para: "bem escaldado, Planalto tem medo de indicação política".
Optar por um nome de carreira ajuda o governo a evitar, neste momento, alguns problemas. Primeiro, livra o Planalto de uma disputa do PT com o PMDB por indicações para ter controle e poder na estatal. Segundo, atrai o apoio dos trabalhadores dos Correios e resgata a autoestima dos funcionários.
Por fim, também evita especulações de que o Planalto teria cedido a pressões de A, B ou C para manter interesses escusos nos contratos que são assinados nos Correios.
A Diretoria de Operações está vaga desde o início da semana, quando denúncias de um esquema de corrupção operado na Casa Civil e nos Correios derrubaram o então diretor, coronel Eduardo Artur Rodrigues, e ele tinha sido justamente uma indicação política da ex-ministra Erenice Guerra.
Erenice, aliás, que também empregou a filha do presidente dos Correios, Paula Matos, na Casa Civil, gerando questionamentos sobre se isso seria um caso de nepotismo cruzado.
O mais absurdo nessa contratação é que, como a moça já foi exonerada do cargo, não há sequer como formalizar questionamentos de nepotismo ou sugerir punição para quem a colocou na vaga. A Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da assessoria, informa que a demissão encerra o caso e não cabe pedido de devolução de salário porque a prestação de serviço foi realizada.
Então, tá!
Se a pessoa aproveita a mamata de conseguir trabalho no Poder Executivo porque papai ou mamãe tem cargo e influência no governo, mas pede demissão antes de ser feita denúncia formal de nepotismo, o caso é enterrado e fica por isso mesmo.
Em tempo: a revelação também não foi considerada no governo motivo para Davi de Matos ser afastado da presidência dos Correios.
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