Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Centro-Oeste tem maior parcela de candidatos ricos

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Centro-Oeste tem maior parcela de candidatos ricos

Congresso em Foco

16/7/2010 6:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_37681" align="alignleft" width="300" caption="Em termos proporcionais, maior parcela de candidatos milionários, como Íris Rezende, está no Centro-Oeste"]Em termos proporcionais, maior parcela de candidatos milionários, como Íris Rezende, está no Centro-Oeste[/caption]

Edson Sardinha, Rudolfo Lago e Thomaz Pires

Impulsionado pelo agronegócio e pelo poder da capital federal, o Centro-Oeste é a região brasileira onde estão, em termos proporcionais, os candidatos a governador e vice com maior patrimônio declarado à Justiça eleitoral. Dos 38 nomes que concorrem aos governos de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, 18 possuem mais de R$ 1 milhão em bens. Os candidatos mais abastados das quatro unidades federativas acumulam R$ 250,09 milhões, entre fazendas, residências, empresas, veículos e aplicações financeiras.

A concentração de renda, tão característica ao Brasil, também se espelha nas declarações de bens repassadas aos tribunais eleitorais. Dos 334 candidatos a governador e vice que registraram para as eleições em todo o país, 75 fazem parte do seleto "clube dos milionários", que concentram R$ 535,23 milhões dos R$ 579,49 milhões declarados. Em outras palavras, 22% dos postulantes aos dois cargos detêm 92% de todo o patrimônio.

A relação dos candidatos a governador e vice milionários

O grupo dos candidatos mais endinheirados reúne 16 partidos políticos. O PMDB, com 17, o PSDB e o DEM, com nove, o PDT e o PP, com sete, são as cinco legendas com mais nomes na relação dos postulantes mais ricos aos governos estaduais. Também aparecem seis do PP, quatro do PR e do PT, três do PV, dois do PMN e do PPS e um do PSC, do Psol, do PSDC, do PHS e do PTB.

Com cinco representantes cada, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso são os estados com mais candidatos com patrimônio acima de R$ 1 milhão. No Mato Grosso do Sul, apenas um dos seis candidatos a governador ou vice tem patrimônio inferior à cifra. Já no Mato Grosso, a mesma aliança reúne os dois candidatos mais ricos. O deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), com patrimônio de R$ 132,69 milhões, é vice na chapa do empresário Mauro Mendes (PSB), que tem R$ 57,15 milhões. 

Goiás e Distrito Federal também têm quatro nomes na lista dos "milionários". Entre os goianos, destaque para o ex-governador Iris Rezende (PMDB). Com R$ 14,62 milhões, ele é o sexto mais rico. Dono de um patrimônio declarado de R$ 5,24 milhões, o ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) figura como o segundo mais rico na corrida pelo Palácio do Buriti. Perde apenas para seu companheiro de chapa, o ex-deputado Jofran Frejat (PR), com bens avaliados em R$ 5,36 milhões.

Em números absolutos, o Nordeste é a região do país com maior número de candidatos a governador e vice com patrimônio superior a R$ 1 milhão: 26 dos 126 postulantes aos cargos. Juntos, os mais ricos da região têm R$ 148,85 milhões em bens, móveis ou imóveis. Quase metade do montante declarado pelos candidatos do Centro-Oeste.

Dos 13 candidatos a governador e vice mais ricos do país, segundo informações prestadas à Justiça eleitoral, sete são do Nordeste: Pedro Fiúza (PSDB) e Cláudio Vale (PPS), do Ceará; Nilo Coelho (PSDB), da Bahia; Teotônio Vilela (PSDB) e Fernando Collor (PTB), de Alagoas; Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão, e José Maranhão (PMDB), da Paraíba. Os quatro primeiros estão entre os dez mais abastados, como mostrou ontem o Congresso em Foco.

TVs, Ferrari e avião

Governadora do Maranhão, Roseana tem o décimo-primeiro maior patrimônio declarado. Entre os R$ 7,83 milhões informados pela candidata à reeleição, estão R$ 2,7 milhões referentes a cotas da TV Mirante, emissora da família Sarney. Depois da participação na empresa, o bem mais valioso apontado pela peemedebista é uma casa avaliada em R$ 1,75 milhões. Apesar de constarem o nome da rua e o número do lote, a cidade onde está localizado o imóvel não foi informada.

Depois de Roseana, o candidato mais rico é o senador e ex-presidente da República Fernando Collor, com patrimônio declarado de R$ 7,72 milhões.  Na relação dos bens de Collor, estão terrenos, prédios, participação societária na TV e na Rádio Gazeta, de Alagoas, e dez veículos. Entre eles, uma Ferrari avaliada em R$ 459,2 mil e um Maserati, estimado em R$ 342,5 mil.

Candidato à reeleição, o governador da Paraíba, José Maranhão, é o décimo-terceiro mais rico entre os que disputam os governos estaduais. O peemedebista informou patrimônio de R$ 7,42 milhões. Quase metade desse valor se refere a ações da Companhia Nordestina de Alimentos (Canorte). O ex-senador também é proprietário de uma aeronave Pipe Comanche, avaliada em R$ 120 mil, e de uma fazenda estimada em R$ 1,49 milhão em Tocantins.

Depois do Centro-Oeste e do Nordeste, o Norte é a região com maior número de "milionários" entre os candidatos a governador e vice. Dos 64 postulantes aos dois cargos, 16 têm bens acima de R$ 1 milhão. Esse grupo acumula R$ 45,8 milhões. O ex-deputado Confúcio Moura (PMDB), de Rondônia, tem o décimo maior patrimônio entre os candidatos aos Executivos estaduais de todo o país: R$ 8,55 milhões. Depois dele, o ex-governador do Pará Simão Jatente (PSDB), que tenta retomar o mandato, é o mais abastado entre os nortistas, com patrimônio declarado de R$ 6,07 milhões.

Nenhum milionário

Entre os 56 candidatos a governador ou vice no Sudeste, oito têm pelo menos R$ 1 milhão.  É da região o único estado onde nenhum dos participantes da corrida eleitoral ao governo informou patrimônio igual ou superior a essa cifra. Cabe ao senador Renato Casagrande (PSB) o posto de candidato a governador com maior declaração patrimonial no Espírito Santo, com R$ 564,09 mil.

Somados, os bens dos mais aquinhoados do Sudeste chegam a R$ 71,51 milhões. O montante é puxado pelo candidato a vice-governador Afif Domingos (DEM), que declarou R$ 49,21 milhões de patrimônio. Vice de Geraldo Alckmin (PSDB), ele é o terceiro mais rico entre todos os candidatos aos Executivos estaduais, segundo as informações prestadas à Justiça eleitoral. Na disputa ao governo de São Paulo pelo PSB, Paulo Skaf é o segundo mais abastado da região e o nono do país, com R$ 10,83 milhões.

A relação dos "milionários" do Sudeste tem mais um paulista e três candidatos de Minas Gerais e um do Rio de Janeiro. Vice de Gabeira (PV), Márcio Fortes (PSDB) tem patrimônio declarado de R$ 4,44 milhões.  Em Minas, quem se destaca é outro vice: Alberto Pinto Coelho (PP), com R$ 2,26 milhões. O ex-senador e ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB), que busca se eleger governador, informou possuir R$ 1,34 milhão.

No Sul, sete dos 50 candidatos aos governos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul declararam mais de R$ 1 milhão em patrimônio. Juntos, os sete têm R$ 18,96 milhões. Os mais ricos entre eles são os dois principais candidatos a governador do Paraná. O senador Osmar Dias (PDT) declarou R$ 5,19 milhões, enquanto o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB), R$ 4,23 milhões. O vice de Osmar, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB), informou R$ 1,66 milhão. Os dados dos candidatos a vice-governador do Paraná só foram divulgados ontem (15) na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Em Santa Catarina, apenas dois candidatos a governador aparecem com patrimônio "milionário":  a deputada Angela Amin (PP), com R$ 1,64 milhão, e o senador Raimundo Colombo (DEM), com R$ 1,81 milhão. No Rio Grande do Sul, dois também informaram bens acima de R$ 1 milhão: o ex-governador e ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), com R$ 2,97 milhões, e o deputado Pompeo de Mattos (PDT), com R$ 1,43 milhão, vice na chapa de Fogaça (PMDB).

A Justiça eleitoral exige de todos os candidatos que informem, ao pedirem o registro de candidatura, os bens que mantêm em seus nomes, a exemplo da declaração anual do Imposto de Renda da Pessoa Física. São participações em empresas, fazendas, apartamentos, casas, carros, aplicações financeiras e demais investimentos. Segundo o TSE, os candidatos que informarem dados incompatíveis com a realidade estão sujeitos a ficarem fora da disputa eleitoral e a responder por crime de falsidade ideológica. 

Na prática, a declaração é um instrumento de transparência para que o eleitor e os partidos políticos apurem eventuais mostras de enriquecimento incompatível. As denúncias podem ser feitas pelas legendas, pelas coligações e pelo Ministério Público Eleitoral. Neste ano, nenhuma resolução foi baixada pelo tribunal para regular a declaração patrimonial.

Leia também:

A relação dos candidatos a governador e vice milionários 
Dez mais ricos têm 63% dos bens declarados

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

eleições 2010

Temas

País

LEIA MAIS

Veja as principais datas do calendário eleitoral

Quatro candidaturas ao governo do DF contestadas

Contestada candidatura de Cássio Cunha Lima

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

2

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

3

INFRAESTRUTURA

MP do Setor Elétrico é aprovada na Câmara em último dia de validade

4

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

5

Educação e Pesquisa

Comissão de Educação aprova projeto para contratação de pesquisadores

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES