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Nos jornais: Oi e governo negociam parceria em satélite militar

Congresso em Foco

27/6/2010 7:38

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Folha de S.Paulo

Oi negocia com o governo parceria em satélite militar

Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).

O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto. De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.

Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso. Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas. Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.

Militares e órgãos defendem equipamento próprio

O lançamento de um satélite de controle totalmente nacional é defendido dentro do governo não só pelos militares, mas também por órgãos que cuidam de dados sigilosos, como Banco Central e Receita Federal. No governo, é considerado delicado o fato de informações do Banco Central, enviadas de Brasília para Manaus, por exemplo, terem de passar antes por Miami (EUA).

A proposta de lançar um satélite brasileiro consta da "Estratégia Nacional de Defesa", documento que norteará o debate sobre o tema. Hoje, nove satélites ocupam posições orbitais registradas em nome do Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU). Seis são da Star One. A Oi é acionista minoritária (20%) em dois satélites: os Amazonas 1 e 2, pertencentes à Hispamar, controlada pela espanhola Hispasat, da qual a Telefónica é acionista.

PSDB mantém vice, mas DEM resiste

O PSDB decidiu bancar a indicação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) como vice na chapa de José Serra à Presidência, mas o DEM deu sinais de que não recuará do veto ao nome do tucano, o que mantém aberta a crise entre os dois partidos.

Apesar de não ter havido reuniões entre líderes do PSDB e do DEM para discutir a crise, por conta de convenções partidárias em diversos Estados, até Serra entrou em campo, pelo telefone, para tentar apagar o incêndio, segundo o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia.

Maia disse que Serra não falou com ele, mas que, na tentativa de convencer o partido a aceitar o nome do senador paranaense, o tucano ligou para pelo menos três expoentes do DEM: Jorge Bornhausen, Marco Maciel e José Agripino Maia. "De todo mundo, ouviu "não'", disse o deputado.

O ex-senador Bornhausen (SC), um dos principais interlocutores de Serra no DEM, negou que tenha conversado com o tucano. A Folha não conseguiu falar com os senadores Agripino (RN) e Marco Maciel (PE).

Presidente convenceu senador em viagem ao Uruguai

A candidatura Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista foi selada em um avião - mais especificamente, no dia 1º de março, quando, ao lado de Lula, ele foi prestigiar a posse de Pepe Mujica como chefe de Estado do Uruguai. Naquele dia, o presidente tinha, além da missão oficial, a tarefa de convencer Mercadante a abdicar de uma provável reeleição ao Senado em nome de um palanque para Dilma Rousseff (PT) no maior colégio eleitoral do país.

Mercadante, que não costuma negar um pedido de Lula, não fez diferente naquela ocasião e desembarcou no Brasil como candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes.

Estreante, Skaf faz campanha de R$ 35 milhões

Aos 54 anos, o empresário e presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf, inicia hoje, na convenção do PSB paulista, a sua tentativa de passar da vida empresarial para a política, ao oficializar sua candidatura ao governo do Estado de São Paulo. Contrariando previsões, Skaf passou, por circunstância ou mérito, pelos obstáculos que apareceram para fazê-lo desistir da postulação.

Um deles foi a tentativa encampada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) o candidato governista pelo PSB em São Paulo. Outro, o assédio do PT para que fosse o vice na chapa de Aloizio Mercadante. Por outro lado, a busca de seu partido por alianças com outras siglas foi infrutífera: apenas o pequeníssimo PSL topou se coligar com o PSB.

O candidato terá aproximadamente 1min30s de propaganda diária em rádio e TV, que será utilizado pelo marqueteiro Duda Mendonça para tentar tirá-lo do patamar de 2% de intenções que tem nas pesquisas de voto. Sua campanha ao governo paulista deve custar cerca de R$ 35 milhões. O valor é próximo do estimado pelos candidatos mais bem colocados. Geraldo Alckmin (PSDB) prevê gastos de R$ 50 milhões, e Aloizio Mercadante (PT), de R$ 40 milhões.

PT baiano oficializa racha com PMDB

O passado que uniu o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ficou para trás. Aliados em 2006, quando derrotaram o então PFL, hoje DEM, no Estado, os dois agora são desafetos. Em entrevistas à Folha, nem sequer [sic] falam o nome um do outro. O racha na base lulista na Bahia será definitivo hoje, quando Wagner oficializa sua candidatura ao lado de Dilma Rousseff (PT). Geddel se lançou na segunda-feira, também ao lado da petista.

Acervo da ditadura mofa sob goteiras

Enquanto o governo federal compra briga com os militares para desvendar informações sobre a ditadura (1964-85), o Arquivo Nacional, em Brasília, guarda documentos sob goteiras e dentro de sacos plásticos, com risco iminente de incêndio. São quase 35 milhões de folhas, armazenadas em condições precárias, que narram a censura, a perseguição a militantes de esquerda e a ação das Forças Armadas em um dos momentos mais obscuros da história do país.

Toda essa papelada ainda aguarda triagem dos arquivistas para a definitiva incorporação ao acervo. Os arquivos estão desde 1999 no prédio da Imprensa Nacional, que até hoje não foi adaptado para armazenar documentos históricos: não há saídas de emergência, o teto tem infiltrações e há fios expostos nos corredores.

O Arquivo Nacional em Brasília, uma espécie de filial do do Rio de Janeiro, que concentra a maior parte do material, trabalha no limite de sua capacidade. Segundo a própria direção, "não há espaço para mais nada". Os documentos guardados sob lonas e expostos a goteiras e infiltrações representam um terço do acervo do órgão na capital do país.

O Estado de S. Paulo

Procurador quer que Comissão de Anistia corte valor de indenizações

Pelo menos R$ 4 bilhões de indenizações a perseguidos políticos já pagas ou aprovadas pela Comissão da Anistia poderão ter os valores revistos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Proposta em análise no tribunal prevê a possibilidade de reduzir os benefícios concedidos aos anistiados.

"A revisão poderá gerar uma economia de milhões de reais aos cofres públicos", defende Marinus Marsico, procurador do Ministério Público junto ao TCU, autor da representação que está para ser votada. "Não contesto a condição de anistiado político, mas os valores das indenizações concedidas a título de reparação econômica", disse o procurador ao Estado. São alvo da representação, por ora, 9.371 benefícios já concedidos com base em uma lei de 2002. Ela estabeleceu o pagamento de indenização do Estado a vítimas de perseguição política até 1988, ano em que a Constituição foi aprovada.

A reparação econômica é maior quando a perseguição tiver causado perda do emprego, prevê a lei. Nesse caso, além do pagamento de um valor mensal cuja média atual é de aproximadamente R$ 3.000, o anistiado tem direito ainda ao pagamento de valores retroativos a 1988. A regra rendeu indenizações milionárias e pagamentos mensais próximos do teto salarial do funcionalismo público, atualmente em R$ 26,7 mil, o limite para o benefício.

A proposta do TCU só deixa de lado as indenizações pagas em parcela única, de R$ 100 mil, no máximo. Elas representam menos de 5% do total de benefícios de prestação mensal já pagos e dos pagamentos retroativos já aprovados. As demais - pouco mais de 95% do valor total aprovado - deveriam ser tratadas como aposentadoria ou pensão e, como tal, ser submetidas à análise do tribunal, argumenta Marinus Marsico. Ele quer que a revisão comece pelos benefícios de valores mais altos.

Preso na ditadura, Lula recebe R$ 4,2 mil mensais

Afastado da presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo em 1979, quando liderou a mais importante greve contra o regime militar, no ABC paulista, o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou preso por 31 dias. Enquadrado na Lei de Segurança Nacional, foi levado a julgamento e condenado em 1981 e absolvido pouco mais de um ano depois. Em 1985, obteve do Ministério do Trabalho uma aposentadoria especial, que em 1996 foi convertida em indenização pela Comissão de Anistia. O benefício rende hoje ao presidente R$ 4,2 mil por mês.

DEM ameaça indicar outro vice na chapa de Serra

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), acirrou ainda mais o clima de confronto com os tucanos e deixou claro ontem, no Rio, que não pretende voltar atrás na exigência de que o partido indique o candidato a vice na chapa presidencial de José Serra (PSDB). E anunciou que, se necessário, levará o confronto até a convenção nacional do DEM na quarta-feira.

Segundo ele, o partido vai esperar até lá que Serra indique um nome do DEM. Caso contrário, a própria legenda fará a indicação. " Vamos esperar que ele indique. Se ele não indicar vamos aprovar nosso nome na convenção do dia 30", afirmou Maia. Questionado sobre como se resolveria o impasse, já que o PSDB se definiu pelo senador tucano Álvaro Dias (PR), Rodrigo Maia respondeu: "Pergunte ao advogado do PSDB. Na convenção, vamos aprovar apoio ao Serra com candidato a vice do DEM."

Rodrigo Maia não foi na noite de ontem à convenção nacional do PPS que formalizou o apoio à Serra. "Estou cheio de coisas para fazer, atrás de voto para mim", afirmou o deputado, que é candidato a reeleição.  Mesmo diante das ameaças, o comando nacional da campanha do PSDB permanecia irredutível na indicação do nome de Álvaro Dias como vice na chapa. Em Cuiabá, o próprio senador paranaense se incumbiu de afirmar que é vice de Serra apesar da resistência do DEM. "Já me sinto em campanha", disse.

PT convoca 'tropa' para eventual governo Dilma

Calejado pelas derrotas no Senado, e pressionado pelas faturas cobradas pelos aliados, o PT concentra esforços para aumentar - se possível, dobrar - a bancada de senadores em outubro. O objetivo é formar uma tropa de senadores da confiança pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incumbidos da defesa de um eventual governo Dilma Rousseff (PT).
Um peemedebista, com trânsito no comando da campanha presidencial petista, relatou que Lula empenha-se, pessoalmente, em formar uma "guarda pretoriana de senadores" ? a tropa pretoriana era um corpo militar de elite criado, na Roma Antiga, pelo imperador Otávio Augusto para sua proteção pessoal. Notabilizou-se pela combatividade e lealdade aos imperadores.

"É fato que durante os oito anos de governo Lula nunca conseguimos formar uma maioria consistente no Senado", admitiu o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. O dirigente rechaça a expressão "tropa pretoriana", mas confirma os esforços para formar uma maioria sólida no Senado na próxima legislatura. Ele trabalha com a possibilidade de eleger de 15 a 18 senadores e lembra que quadros importantes do partido foram destacados para esta eleição, como Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.

União e Estado fazem duelo de máquinas em SP

O duelo entre tucanos e petistas pelo governo de São Paulo refletirá a queda de braço entre as máquinas do Estado e da União. Repasse de verbas a prefeitos, nomeações e investimentos em publicidade, atos rotineiros de administrações públicas, tornam-se ingredientes fundamentais da mais acirrada disputa entre PT e PSDB.

Enraizado no poder há 16 anos em São Paulo, o PSDB se escora na influência de Geraldo Alckmin como ex-governador à espera de uma vitória. Para o PT, o poder de sedução do presidente Lula sobre prefeitos é arma poderosa do senador Aloizio Mercadante ? além da inédita coesão da sigla no Estado. Prefeitos da oposição admitem que, sob Lula, a distribuição de verbas não privilegiou só aliados.

Há petistas que reconhecem que também Serra adotou critérios "republicanos" na distribuição de verbas, como o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, coordenador político da campanha de Mercadante: "Ele foi correto comigo". O líder do PT na Assembleia, Antonio Mentor, contesta e afirma que o PSDB fez repasses "monstruosamente menores para a oposição".

O total gasto pelo Estado com convênios foi de R$ 775 milhões em 2008, cerca de R$ 795 milhões em 2009, e há um montante de repasses empenhado (comprometido) até o momento de R$ 491 milhões. O PT argumenta que o gasto per capita (soma de populações governadas pelo PT e pelo PSDB) evidencia o tratamento diferenciado. Em 2009, por exemplo, o PSDB teve repasse per capita de R$ 17,26 e o PT de R$ 3,24. O governo estadual nega e rejeita esse critério de análise do PT.

Mantega critica ajuste ''à custa do Brasil''

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a Europa não pode "fazer ajuste fiscal às custas do Brasil" e de outros países emergentes, reduzindo sua demanda doméstica por causa de aperto fiscal e aumentando as exportações. "É preciso que os emergentes não carreguem nas costas a retomada (global); países avançados exportadores não devem fazer um ajuste severo", disse Mantega em entrevista.

O recado tinha endereço certo: a Alemanha é o maior país exportador da Europa e a chanceler Angela Merkel defende de forma enérgica a adoção de medidas de austeridade em seu país. Mantega disse que, em caso de ajustes severos na Europa, pode haver agravamento de déficit em transações correntes em países emergentes.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que os integrantes do G20 concordaram em reduzir pela metade os déficits fiscais até 2013. Segundo Mantega, esse objetivo não é "factível" para muitos países que têm déficits acima de 10%. Reduzir pela metade os déficits seria "draconiano e exagerado", disse o ministro. Ele avalia que muitas economias avançadas ainda não estão em condições de retirar todos os estímulos e fazer apertos fiscais fortes, sob o risco de prejudicar o crescimento. "Se exagerar na dose, mata o paciente", comparou.

Correio Braziliense

Itamar de volta ao cenário eleitoral

O ex-presidente da República e ex-governador de Minas Gerais Itamar Franco quer voltar à vida política como senador - cargo que já ocupou em plena ditadura militar, ao ser eleito pelo MDB, partido oposicionista, nas eleições de 1974. Aclamado pelo seu partido, o PPS, e com o apoio do ex-governador Aécio Neves (PSDB), Itamar recebeu ontem, durante convenção realizada em Belo Horizonte, o sinal verde para disputar uma das duas cadeiras para o Senado nas eleições de outubro. A campanha será feita em conjunto com o PSDB, aliando as imagens de Itamar, Aécio e do governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia (PSDB), que tenta a reeleição.

Fortemente aplaudido pelos militantes e políticos que participaram da convenção, Itamar ouviu vários elogios sobre a sua "ética e honestidade". Entusiasmado, Aécio Neves afirmou que a partir de ontem passou a se chamar "Aécio Anastasia Franco" - em alusão aos nomes dos integrantes da chapa majoritária, composta pelos dois candidatos ao Senado e a governador. "Quem quiser votar em Aécio, comece votando em Itamar", discursou Aécio, arrancando aplausos. O governador Anastasia disse que a presença de Aécio e Itamar no Senado será uma garantia da defesa dos interesses de Minas.

Em rápida entrevista, Itamar Franco afirmou que vai trabalhar pela eleição de Aécio e Anastasia, não deixando claro se vai fazer campanha para José Serra (PSDB) - o candidato a presidente da República apoiado pela coligação. "Só penso em Minas", limitou-se a dizer, completando que o estado perdeu a oportunidade de ter um presidente da República ao não emplacar a candidatura de Aécio Neves para a sucessão do Palácio do Planalto. Questionado sobre prováveis dissidências dentro do partido, Itamar apelou para a "consciência de cada um" e aproveitou para criticar a legislação eleitoral, que permite aos partidos fazerem alianças diferentes em níveis federal e estadual.

PRB em vez de Mercadante

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) trocou a militância petista de São Paulo pelas lideranças do PRB, partido que reúne grande número de pastores evangélicos. Em vez de prestigiar a convenção do PT, que oficializou a candidatura de Aloizio Mercadante para o governo de São Paulo, ontem, Dilma passou grande parte da manhã e da tarde no evento do PRB, que se limita a dois nomes de peso nacional: o vice-presidente José Alencar e o senador Marcelo Crivella (RJ). Apesar de o número de filiados do PT do estado de São Paulo (351.479) ultrapassar o total de partidários do PRB no país (220 mil), Dilma decidiu não prestigiar o colega de sigla e se esforçou para afagar o PRB, arrastando para o encontro o primeiro time de aliados. Entre os presentes na mesa da convenção do PRB estavam os ex-ministros Hélio Costa, Patrus Ananias e o candidato do PT ao Senado por Minas Gerais, Fernando Pimentel. O ministro de Assuntos Estratégicos Samuel Pinheiro também marcou presença na convenção.

O auditório do Hotel Nacional, em Brasília, onde ocorreu a convenção, só preencheu os cerca de 900 lugares disponíveis graças à claque contratada, vestida com camisetas verde-amarelas, que aplaudiam ao comando de cabos eleitorais do PRB. Em São Paulo, 8 mil militantes petistas fizeram festa para Mercadante sem a presença de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o vice-presidente Alencar resumiu, em seu discurso, a importância do PRB, ao destacar a relação umbilical com os evangélicos. "Nosso partido tem uma parcela muito grande de companheiros oriundos da Igreja Universal. Alguns falam que esse partido é da igreja, mas isso não é pejorativo. É por ter recebido grande apoio de pastores da Universal que ele ganhou dimensão nacional". A Igreja Universal reúne cerca de 13 milhões de fiéis no país.

Céu de Dilma, purgatório de Serra

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, era o nome ideal para sucedê-lo no Palácio do Planalto, nem mesmo os mais otimistas militantes do Partido dos Trabalhadores imaginavam que a candidata petista estaria tão bem nas pesquisas a pouco menos de quatro meses das eleições presidenciais. O levantamento realizado pelo CNI/Ibope, divulgado na última quarta-feira, pegou de surpresa os coordenadores da campanha da ex-ministra. Eles não esperavam, nesse momento, um desempenho tão bom da presidenciável. A vantagem de cinco pontos percentuais sobre o tucano José Serra é uma clara demonstração de que o planejamento da campanha de Dilma vai de vento em popa, enquanto a do ex-governador de São Paulo esbarra em sucessivos problemas.

Os tucanos viram a campanha de José Serra desandar quando o mineiro Aécio Neves rechaçou a possibilidade de ser vice na chapa. O ex-governador de Minas Gerais era o nome considerado ideal porque, segundo acreditavam integrantes do PSDB, seria decisivo para a vitória no estado, o segundo maior colégio eleitoral do país, com mais de 14 milhões de eleitores. Com a resposta negativa de Aécio, a demora na indicação de outro nome irritou partidos aliados e membros da própria legenda.

A situação ficou ainda mais complicada com o anúncio, na sexta-feira, de que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) era o escolhido por Serra. O DEM, presidido pelo deputado federal fluminense Rodrigo Maia, ameaça romper a aliança se não puder indicar o nome para a chapa. Maia diz que a legenda só aceitaria uma chapa "puro sangue" se o nome do vice fosse o de Aécio Neves. Para tentar resolver a crise na campanha tucana, uma reunião será realizada amanhã entre os integrantes do PSDB, DEM, PPS e PDT. Os tucanos voltarão a defender o nome de Álvaro Dias.

Candidatos fora do ar

Na música de Gilberto Gil, a antena parabólica é que leva aos grotões o mundo, traduzido em sinais de televisão. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), atualmente, cerca de 20 milhões de domicílios no país usam o aparelho. Considerado o tamanho médio da família brasileira (quatro pessoas), o número extrapolaria 80 milhões de habitantes, o equivalente a quase metade da população. Nessas casas, porém, a propaganda eleitoral gratuita estadual, com início marcado para 17 de agosto, passará em branco.

Isso porque as parabólicas sintonizam a chamada banda C - sinal aberto transmitido pelas cabeças de rede das emissoras, por meio de satélite. As cabeças de rede ou emissoras líderes são as responsáveis pela geração dos sinais que serão retransmitidos pelas afiliadas ou participantes. São elas que inserem as propagandas locais. Assim, os espectadores só assistem a comerciais vendidos para transmissão em rede nacional e não recebem nenhum tipo de propaganda eleitoral regional. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a única propaganda eleitoral transmitida pelas cabeças de rede é a dos candidatos à Presidência e deputados federais.

Multa demais para pouca arrecadação

Os órgãos federais de regulação e fiscalização aplicam bilhões de reais em multas, mas pouco arrecadam. As agências reguladoras, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aplicaram R$ 25,8 bilhões em multas nos últimos cinco anos, mas arrecadaram apenas R$ 946 milhões, o que corresponde a 3,7% do total. O órgão que aplicou o maior volume de multas, o Ibama (R$ 14,6 bilhões), alcançou o mais baixo percentual de arrecadação - 0,6% do total, ou R$ 84 milhões.

O desempenho dos órgãos de fiscalização foi analisado pelo TCU dentro da prestação de contas do governo federal relativas a 2009. A maior parte das multas aplicadas pelo Ibama resultam de desmatamento na Amazônia. A baixa arrecadação é consequência da demora no andamento dos processos, que se arrastam por até nove anos. O resultado é um passivo de R$ 10 bilhões - o equivalente a 10 orçamentos anuais da autarquia. Os números apresentados pelo Ibama ao Correio diferem dos dados do TCU, mas ainda sim são baixos. A arrecadação teria alcançado R$ 54 milhões no ano passado, enquanto a auditoria aponta apenas R$ 4,2 milhões até outubro. Mas as multas aplicadas em 2009 somaram R$ 2,5 bilhões.

O Globo

No Ceará, governo gastou R$ 4 milhões com forró

Com a justificativa de dar publicidade às suas ações, o governo do Ceará tem investido pesado na contratação de bandas de forró, que animam inaugurações e solenidades de assinatura de ordens de serviço pelo interior. Em três anos e meio, foram gastos R$ 4 milhões para custear essas apresentações, a maioria com artistas locais.

Só nos últimos nove meses, os gastos com eventos chegaram a R$ 14 milhões - esta quantia inclui despesas com a contratação, além das bandas de forró, de equipamentos e infraestrutura para outras solenidades oficiais. Contempla ainda o programa "Férias no Ceará", que, só em janeiro, promoveu 40 apresentações que vão do pop-rock, hip-hop à música clássica. Os shows acontecem na capital e no interior no período de férias.

Os polêmicos aliados dos candidatos

De olho no legado de votos dos aliados e no precioso tempo dos partidos na propaganda eleitoral gratuita na TV, os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se aliam a conhecidos expoentes da cena política brasileira cujo histórico é de escândalos, mas que têm um eleitorado cativo. Marina Silva (PV), cujo partido não conseguiu se unir a outros até o momento, tem menos indesejáveis em sua tribuna.

Militantes e simpatizantes do PT e do PSDB não escondem a insatisfação, mas a maioria prefere ver nas parcerias polêmicas, e até indesejáveis, algo natural da política. Afinal, quanto mais aliados e mais tempo na TV, maiores as chances de conquistar uma fatia maior do eleitorado. Esse pragmatismo é que definirão as parcerias que levarão Dilma e Serra a dividir palanques país afora com apoiadores que se destacaram nos últimos anos por desvios de todo tipo. Políticos que poderiam ser alvos de uma ampla e irrestrita Lei da Ficha Limpa, em fase embrionária este ano.


Partidos alegam que não se recusa apoios em campanhas eleitorais

Embora ninguém queira assumir publicamente, a presença de aliados com passado repleto de casos comprometedores incomoda. Um petista envolvido na campanha da candidata Dilma Rosseff diz que, "infelizmente", os candidatos buscam a aliança levando em consideração a possibilidade de votos e o tempo na TV dos partidos. Mas o discurso público e oficial é todo no sentido de minimizar o passado dos aliados. O principal argumento é que apoio não se rejeita em campanha eleitoral.

José Eduardo Cardozo, secretário-geral do PT e dos coordenadores da campanha de Dilma, vale-se da questão da legalidade para dizer que ninguém pode ser impedido de buscar votos. - Todo cidadão com seus direitos plenos pode disputar as eleições. Acho incorreto que se fale em situações mais pesadas ou menos pesadas. A política de alianças deve considerar a ideologia e o projeto dos aliados - disse ele.

Do lado tucano, a situação também não é confortável. Até o DEM, um aliado histórico (como PFL) do PSDB desde a primeira eleição de Fernando Henrique, em 1994, ainda causa constrangimentos aos tucanos. Para figurar ao seu lado como companheiro de chapa, o tucano José Serra evita escolher como vice um integrante do partido que protagonizou ano passado o escândalo do mensalão do DEM no DF, sob o comando do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido). Mas não terá como evitar a presença em seu palanque de companheiros complicados do seu próprio partido, o PSDB.

Pré-campanha chega ao fim com insatisfação pelas "degolas" de aliados

Nesta primeira fase da sucessão presidencial, o pragmatismo tomou conta dos partidos, principalmente o PT. Em menos de três meses, a campanha, que só começa oficialmente em 5 de julho, já produziu várias vítimas. O balanço desta pré-campanha mostra que aliados e petistas foram sacrificados em favor da candidatura presidencial da petista Dilma Rousseff, deixando um rastro de insatisfação para trás. O desafio, agora, depois de tantas degolas, reconhecem os próprios dirigentes petistas, é tentar que os chamuscados não pulem fora do barco e continuem entusiasmados com o projeto de poder do PT.

Entre as maiores vítimas da imposição da aliança PT-PMDB estão os deputados federais Ciro Gomes (PSB-CE), forçado a sair da disputa presidencial, e Flávio Dino (PCdoB-MA), que perdeu o apoio oficial do PT para sua candidatura ao governo do Maranhão, depois de uma intervenção do Diretório Nacional petista, que forçou a aliança formal para a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Serra vai reforçar discurso em favor dos pobres

Sob o impacto das últimas pesquisas, que mostram o crescimento da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, o comando da campanha de José Serra (PSDB) decidiu que o tucano vai reforçar o discurso a favor dos mais carentes, como forma de buscar votos, principalmente do eleitor das regiões Norte e Nordeste, onde Dilma tem maior vantagem. A uma semana do início oficial da corrida sucessória, a direção tucana reforçou a tese de que o discurso deve ser menos "economês" e mais voltado para a realidade do eleitor. A pesquisa CNI/Ibope divulgada no último dia 23 mostra a maior popularidade do tucano entre os mais ricos.

Mais que prometer apenas reforçar o Bolsa Família, como tem sido dito nos últimos discursos, o tucano já estaria sendo orientado a estudar outros modelos de assistência, com a criação de novas bolsas para complementação de renda. O comando da campanha está debruçado sobre as principais carências de famílias das classes D e E para elaborar políticas de caráter social com impacto entre as classes menos favorecidas.

Dilma: "Continuar não é repetir"

Em discurso na convenção do PRB ontem, quando o partido sacramentou apoio à sua candidatura à Presidência, Dilma Rousseff (PT) afirmou que é "da turma do Lula" e, mesmo sem citar o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), procurou reforçar que o governo do presidente Lula difere do antecessor. Dilma disse que pretende dar continuidade ao governo sem, no entanto repeti-lo.

A candidata foi pródiga em elogios também ao vice-presidente José Alencar, presidente de honra do PRB: - O José Alencar contribuiu para costurar com habilidade e com a doçura que o caracteriza, e também com firmeza, este imenso esforço que nosso país fez para sair de uma era de estagnação, desemprego, desigualdade, e perceber que tinha uma nova era. Que nesta nova era íamos caminhar para outro modelo de desenvolvimento, que ia trazer emprego aos brasileiros.

Estatais sobem 94% os salários de diretores

Petrobrás, BB e Eletrobrás, as maiores estatais da Bolsa, pagarão aos 50 membros das diretorias R$ 45 milhões este ano 94% mais que em 2007. O crescimento dos gastos reflete o número maior de diretores, puxado por BB e Eletrobras, e a remuneração, que subiu até 75% (Petrobrás). 

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