Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/3/2010 15:36
Mário Coelho
A Câmara Legislativa aprovou na manhã desta segunda-feira (29), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Lei Orgânica (PELO) 40/10, que permite eleição indireta para governador e vice em caso de vacância dos cargos nos últimos dois anos de mandato. A partir de sua publicação no Diário Oficial do Distrito Federal, a carta local passa a ter a mesma redação que a Constituição Federal. Antes, a Lei Orgânica determinava que, no último ano de mandato, o próximo da linha sucessória assuma em definitivo.
A Lei Orgânica estabelece um rito sucessório diferente do que o previsto pela Constiuição Federal. No caso distrital, a norma prevê que, se governador e vice saírem dos cargos durante os três primeiros anos de mandato, uma nova eleição direta deve ser convocada em até 90 dias. Se a vacância ocorresse no último ano, o próximo da linha sucessória assumiria a chefia do Executivo em definitivo: o vice, o presidente e o vice da Câmara Legislativa. No caso de impedimento dos dois, o presidente do Tribunal de Justiça do DF (TJDF) tomaria posse como governador.
Com o novo texto, equivalente ao que está na carta magna brasileira, a eleição direta ocorreria nos dois primeiros anos de mandato. Já no segundo biênio, um pleito indireto seria organizado em até 30 após a vacância ser declarada. "A Lei Orgânica do DF, no entanto, trilhou caminho diverso e não contemplou a eleição indireta para governador", diz a justificativa da proposta, assinada por vários parlamentares.
Inicialmente, a intenção dos distritais era aprovar a PELO e, depois, uma lei que regulamentasse a eleição indireta no DF. Porém, parte dos deputados foi surpreendida na semana passada com a publicação de um ato estabelecendo regras para o novo pleito, que está previsto para ocorrer em 17 de abril. O assunto acabou sendo discutido em plenário hoje pela manhã. Raimundo Ribeiro (PSDB) disse ser necessário agilizar a atualização da Lei Orgânica, para que a Casa não fique à mercê dos fatos, dando a impressão de "que está agindo casuisticamente".
Paulo Tadeu (PT) também considerou que a pressa é necessária, porque "o período é curto e a situação complexa", assinalando a importância da renovação, tanto dos membros da Câmara quanto dos futuros ocupantes do Palácio do Buriti. O ineditismo da crise, segundo Chico Leite (PT), reforça a necessidade de agir rápido, como fez a Mesa Diretora ao baixar o ato que regulamentou as eleições indiretas.
Porém, na semana passada, após a publicação do ato, a deputada Eliana Pedrosa (DEM) questionou a norma. Para ela, o regimento interno da Casa não dá à Mesa Diretora a competência para disciplinar a matéria. A distrital disse também que regulamentar a eleição indireta antes da aprovação em segundo turno da proposta de emenda à Lei Orgânica era "bizarro". "As conseqüências de uma eleição baseada neste Ato da Mesa são desastrosas. O Ato afronta os dispositivos regimentais, legais e constitucionais aplicáveis, sendo norma imperfeita e, portanto, inaplicável", afirmou Eliana, em documento enviado à Mesa Diretora.
De acordo com a Câmara Legislativa, foram seis os deputados ausentes à votação: Pedro do Ovo (PRP), Paulo Roriz DEM), Rogério Ulysses (sem partido), Alírio Neto (PPS), Aylton Gomes (PR) e Doutor Charles (DEM), que não compareceu, segundo Cristiano Araújo (PTB), seu companheiro de legenda, por se encontrar em audiência com o governador em exercício Wilson Lima (PR).
Temas
LEIA MAIS
COMPRA DE VOTOS
Presidente da CBF, deputada e marido são alvos de operação da PF
OPERAÇÃO OVERCLEAN
SEGURANÇA PÚBLICA
Flávio Bolsonaro relata assalto na residência de seus avós no RJ
AGENDA DA SEMANA
Pauta do Senado tem projeto que ameniza a Lei da Ficha Limpa