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Políticos pecam no uso do Twitter

23/1/2010
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Fábio GóisA maioria dos políticos ainda não sabe como usar com eficácia o microblog Twitter. E isso em um ano eleitoral marcado pela ampliação da liberdade da internet durante em época de campanha – resultado da aprovação da minirreforma eleitoral pelo Congresso, em 17 de setembro. 

Entre outros pontos da proposta aprovada, sites, blogs e perfis em redes sociais criados pelos candidatos poderão permanecer no ar até mesmo no dia da eleição. Mas, a pouco mais de oito meses para o pleito de outubro, a estimada “livre manifestação do pensamento” não é exercida com a propriedade determinante na eleição, em 2007, do primeiro presidente negro dos Estados Unidos.Como em toda nova onda, já há como apontar os pecados cometidos por políticos sem muita manha com o microblog – uma das mais influentes ferramentas de comunicação instantânea da grande rede.Quais sejam, além das pausas prolongadas de interação: repassar para assessores a tarefa de se comunicar com os seguidores, o que imprime certo caráter impessoal às mensagens; longas mensagens fracionadas em várias postagens, com o objetivo de fugir à imposição dos 140 caracteres, o que ocupa espaço excessivo na página principal dos seguidores (“timeline”); e o baixo uso de links para vídeos e áudios – principal demanda dos usuários –, instrumentos que exploram as possibilidades da internet e são eficazes peças de difusão da imagem.Reportagem veiculada hoje (sábado, 23) na Folha Online revela que, dos quatro principais pré-candidatos à Presidência da República, apenas a chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, não possui perfil no microblog – embora usuários simpatizantes e opositores tenham criado registros falsos, cada qual com suas intenções. O governador de São Paulo e provável nome do PSDB para a sucessão de Lula, José Serra, é o mais atuante no Twitter entre os presidenciáveis, com 153.243 seguidores em sua lista.

O deputado Ciro Gomes (PSB) e a senadora Marina Silva (PV), também postulantes a primeiro-mandatário do país, têm presença tímida na rede social. Com 6.426 seguidores, Ciro postou apenas 25 “tuítes” desde que criou perfil, sendo que o mais recente data de dezembro. Já Marina, com quase 3 mil seguidores, não tecla desde novembro.

Monitor

E existe até um perfil no microblog (Twiticos - @twiticos) destinado a seguir políticos e partidos twitteiros. A idéia, além do óbvio propósito de jogar holofotes sobre o uso político do Twitter, é certificar a autenticidade dos perfis atribuídos aos mais diversos políticos.

O Twiticos registra em seus arquivos virtuais, em dados reunidos nos últimos dias, mais de 900 políticos cadastrados: 271 deputados federais; 207 perfis atribuídos ou ligados a partidos; 131 vereadores; 111 deputados estaduais; 56 senadores; 11 ministros; e seis governadores.

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