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Congresso em Foco
1/7/2009 14:24
Edson Sardinha
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), disse hoje (1º) que seu pai, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), virou o "bode expiatório" da crise que atinge a Casa. A governadora defendeu ainda que todos os senadores dividam com Sarney a responsabilidade pelos problemas administrativos enfrentados pela instituição.
"Essas denúncias não são de agora. Acredito que meu pai esteja sendo um bode expiatório. Acho que a crise é responsabilidade de todos os senadores. Eu me incluo porque já fui senadora", disse Roseana ao deixar a residência oficial do presidente do Senado.
Segundo ela, há um ditado popular no Maranhão que reflete o momento vivido por seu pai. "Dance quem dance, quem dá pulo é José", disse a governadora. A expressão, de acordo com Roseana, mostra que o senador está sendo responsabilizado por coisas que não fez.
A peemedebista evitou comentar o eventual afastamento de seu pai do comando da Casa, como pediram ontem (1º) as bancadas do DEM, do PSDB e do PDT. "Estamos do lado dele, acho que ele tem maturidade e experiência para decidir sobre isso. Ele é uma figura importante para o Senado e para o Brasil", declarou a ex-senadora.
A bancada do PT está reunida neste momento para discutir a posição do partido em relação a Sarney. O líder da bancada, Aloizio Mercadante (SP), e a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (SC), estiveram reunidos também nesta manhã com o presidente do Senado para ouvi-lo sobre o atual momento da Casa.
Reunidos ontem à noite (leia mais), os petistas decidiram defender a criação de uma comissão composta por parlamentares e servidores para fazer uma reforma administrativa na Casa. O PSDB apoia uma solução semelhante.
Trata-se de uma proposta intermediária entre o afastamento, proposto por DEM, PDT e Psol, e o exercício pleno das funções, bancado por PMDB e PTB. Na prática, a criação do grupo tira poder de toda a Mesa Diretora, sem afastar Sarney do cargo.
O senador é alvo de duas representações no Conselho de Ética, uma movida pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e outra pelo Psol. As duas ações responsabilizam Sarney pela edição dos atos secretos que beneficiaram parlamentares, aliados e familiares.
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