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Congresso em Foco
2/6/2009 18:07
Renata Camargo
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, minimizou na tarde desta terça-feira (2) a denúncia feita pela bancada ruralista contra ele na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e na Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o ministro, a iniciativa da bancada reflete o desespero da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), principal entidade do setor produtivo brasileiro, com a perda de espaço para os pequenos produtores rurais.
"A CNA perdeu uma margem que ela tinha de manobra. Estão desesperados e querem me tirar do governo. Mas o fato de os ruralistas estarem preocupados com minha permanência como ministro, me faz achar que estou no caminho certo", declarou Minc. "Podem me insultar e pedir minha cabeça que vou continuar governando, vou continuar coibindo os vossos crimes ambientais", completou.
Na manhã de hoje, a presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), protocolou na Comissão de Ética da Presidência da República e na PGR duas denúncias contra declarações feitas por Minc no último dia 28, durante a manifestação "Grito da Terra". Na ocasião, Minc classificou os grandes proprietários de terras como "vigaristas" e falou que os pequenos não deveriam "cair no canto da sereia", pois os ruralistas estavam "querendo usá-los contra o meio ambiente".
As declarações do ministro provocaram fortes reações no Congresso. Os ruralistas pedem que Minc seja punido por crime de responsabilidade e aguardam do governo uma atitude "mais contundente". Segundo a assessoria do Planalto, o presidente Lula, que está em missão ao exterior, ainda não se posicionou sobre o caso. Mas a Casa Civil confirma que a denúncia já foi recebida.
O ministro diz que a posição da bancada ruralista é uma reação à parceria do Ministério do Meio Ambiente com a agricultura familiar.
Na última sexta-feira (28), Minc se reuniu com o presidente Lula para falar que a área ambiental do governo estava enfraquecida e com "problemas de sustentabilidade". Ele reclamou que os ministros não cumprem os acordos feitos pelo governo e que "vão ao Parlamento, cada um com sua machadinha, patrocinar emendas que esquartejam e desfiguram a legislação ambiental".
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