Investigação do Ministério Público de São Paulo aponta a existência de um esquema de venda de escutas telefônicas de empresários e até mesmo de políticos. Entre os nove suspeitos presos nesta quarta-feira (7) pela Polícia Civil paulista estão policiais, funcionários de operadoras de telefonia e detetives particulares. Dez pessoas já tiveram a prisão decretada. De acordo com a investigação, que transcorreu durante um ano, o grupo contava com 21 pessoas. Após quebrar ilegalmente os sigilos telefônicos, e em alguns casos o sigilo bancário, as informações eram vendidas. O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), afirmou à Rede Globo ser uma das vítimas do grupo. "Eu me sinto vítima como são vítimas milhares de brasileiros. No meu caso, quero todo o esclarecimento. O que era e qual o objetivo da quadrilha. Quero realmente que essa gente seja punida." O Ministério Público ainda não sabe quem pagava por essas informações, que são confidenciais e só podem ser adquiridas por autoridades após decisão judicial. Estima-se que cerca de 100 pessoas tiveram sua privacidade devassada. De acordo com a promotoria, a partir das prisões será possível identificar quem pagava pelos dados sigilosos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a corregedoria da Polícia Civil acompanhará as investigações. (Rodolfo Torres) Atualizada às 20h05
SP: Ministério Público aponta venda de escutas telefônicas
7/1/2009
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