Com aval de Eduardo Campos, líderes do PSB apoiam CPI da Petrobras

  Catarine Piccioni Ex-aliados da presidenta Dilma Rousseff, os líderes do PSB na Câmara e no Senado, Beto Albuquerque (RS) e Rodrigo Rollemberg (DF), assinaram requerimento para a criação de uma CPI mista (formada por deputados e senadores) para investigar a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Com isso, os parlamentares das bancadas do PSB nas duas Casas estão liberados para assinar o pedido da oposição. Para a abertura de uma comissão mista, são necessárias pelo menos 171 assinaturas de deputados e outras 27 de senadores. Até ontem (25) à tarde, a oposição já contava com o apoio de 113 deputados e 20 senadores. Presidenciável do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, já declarou ser favorável à CPI. Em setembro de 2013, o partido deixou de apoiar a gestão da presidenta Dilma Rousseff, entregando os cargos no governo federal. Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões à empresa belga Astra Oil para adquirir 50% da refinaria. Essa mesma parte havia sido comprada no ano anterior pela companhia belga por US$ 42 milhões. Por força do contrato, em 2008, a estatal brasileira foi obrigada a pagar US$ 820,5 milhões para comprar a outra metade. A transação resultou em um gasto total de R$ 1,18 bilhão para a Petrobras. Ontem, um grupo de oito parlamentares protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação pedindo investigação sobre a atuação do conselho de administração da Petrobras na compra da refinaria. Eles querem que a PGR apure a participação de Dilma Rousseff no caso e a suposta prática de improbidade administrativa e de outros possíveis crimes. Na época, ela presidia o conselho da estatal. Leia mais sobre a Petrobras Mais sobre eleições 2014 Nosso jornalismo precisa da sua assinatura