Ex-assessor do PP agiu como "mensageiro" do partido, diz defesa
9/8/2012
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[caption id="attachment_82591" align="alignleft" width="319" caption=""Ele era o assessor que trabalhava para o partido, nunca como articulador político", disse o advogado de Genu"][fotografo]Ascom/STF[/fotografo][/caption]Maurício Maranhão de Oliveira, advogado do ex-chefe de gabinete da liderança do PP na Câmara João Cláudio Genu, disse nesta quinta-feira (9) que seu cliente sacou R$ 700 mil do Banco Rural por ordem da cúpula do partido. Segundo o defensor, Genu era "um mero assessor, que trabalhou como mensageiro". "Ele não foi ao Banco Rural por vontade própria. Foi por ordem de Janene e de Pedro Corrêa", afirmou.
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Genu é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e formação de quadrilha por ter recebido R$ 1 milhão das contas do empresário Marcos Valério, dono das agências SMP&B e DNA, em nome do PP. O dinheiro seria usado, de acordo com a denúncia, para assegurar os votos do partido em projetos de interesse do governo.
Quarto advogado a se pronunciar em sustentação oral no sexto dia do julgamento da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal (STF), Oliveira confirmou três saques feitos por Genu na agência do Banco Rural em Brasília. Dois no valor de R$ 300 mil e um no valor de R$ 100 mil. Os advogados do ex-deputado cassado Pedro Corrêa (PE) e do deputado Pedro Henry (PP-MT) também informaram o mesmo valor mais cedo.
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"Ele era o assessor que trabalhava para o partido, nunca como articulador político", afirmou Oliveira. A denúncia feita pela PGR, disse o advogado, é imprecisa e a "contradição em seus próprios termos". Para ele, ao imputar a Genu os crimes de formação de quadrilha e corrupção passiva, a Procuradoria não consegue estabelecer um elo causal. "Essa acusação chega às raias do absurdo", disse. Ele acrescentou que, se houvesse algo errado nos saques, Genu não teria se identificado e assinado recibos. A transação também não seria feita entre bancos.
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