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Congresso em Foco
1/5/2011 3:29
Fábio Góis
Mais de 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar de São Paulo, compareceram neste domingo (1º) ao evento de comemoração do 1º de Maio (Dia do Trabalho) organizado pela Força Sindical e outras quatro centrais, na capital paulista. Boa parte delas vaiou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que chegou ao evento acompanhado do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Alckmin disse que as vaias partiram de um grupo ?pequeno e organizado?, dando a entender se tratar de uma claque orientada, e encerrou o discurso sob aplausos depois de ter dito que foi ?calorosamente? recebido pelos trabalhadores. O governador disse ainda que, a despeito das disputas internas e da dissidência de quadros oposicionistas rumo a outros partidos, o PSDB e a oposição sairão fortalecidos depois do ?lusco-fusco? político.
Segundo a agência Folha Online, enquanto Alckmin discursou de maneira diplomática, minimizando o enfraquecimento da oposição e evitando ataques frontais ao governo Dilma Rousseff, Aécio fez duras críticas à gestão petista em sua fala. ?O governo é frágil, e não toma iniciativas sobre as grandes questões?, disse o tucano, para quem o PSDB deve esquecer questões partidárias alheias e apresentar suas ideias a respeito de temas centrais, como a ameaça da volta da inflação e os problemas daí decorrentes. Ele disse também que há uma ênfase exagerada sobre os problemas do PSDB, quando todos os partidos enfrentam mazelas.
?Como o PT consegue reincorporar alguém como o Delúbio [Soares, réu no processo sobre o mensalão que corre no Supremo Tribunal Federal]? Isso é que deve ser debatido?, fustigou Aécio, ex-governador de Minas Gerais.
"Cheiro do povo"
A presidenta Dilma Rousseff, que cancelou na sexta-feira (29) sua ida ao evento (alegou gripe e fica o fim de semana em Brasília), escapou de ouvir as palavras de Aécio a respeito do anúncio, por parte do governo federal, de autorizar a iniciativa privada a realizar obras de modernização em alguns aeroportos, com vistas à Copa do Mundo de 2014. Lula, que também não participa dos eventos do Dia do Trabalho, também foi poupado do constrangimento.
?Bem-vindo, PT, ao maravilhoso mundo das privatizações?, ironizou o senador tucano, em referência à pecha de privatista que os governos tucanos, em especial o de Fernando Henrique Cardoso, passaram a ter graças às críticas petistas.
A intenção dos organizadores foi promover um evento suprapartidário, que promovesse um debate em que o trabalhador estivesse acima de ideologias políticas. Além dos representantes do PSDB Aécio e Alckmin, compareceram à celebração da Força Sindical o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD); o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT; o deputado Paulinho da Força (PDT); o presidente da Câmara, Marco Maia (PT); e o Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho ? que, aliás, soltou a pérola do dia.
Presente ao evento com a responsabilidade de ler uma mensagem da presidenta Dilma, Gilberto rebateu a ironia de Aécio com outra ao comentar a presença de tucanos ao Dia do Trabalho. Para o secretário-geral, a ida dos representantes do PSDB, partido criticado pelo viés elitista de sua orientação política, é boa para que eles sintam ?o cheiro do povo?.
O texto lido por Carvalho destacou os esforços do governo no combate à inflação e enfatizou a política de valorização do salário mínimo, compromisso firmado ainda no governo Lula com as centrais sindicais. Em sua fala, o representante da presidenta Dilma evitou bater na tecla do enfraquecimento das oposições, e declarou: ?Uma oposição forte e democrática é boa para nós. Durante os oito anos do governo Lula, convivemos com uma oposição pujante, e isso foi importante para o governo?.
Os organizadores estimam que o evento tenha custado R$ 2,7 milhões.
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