Serra vai gastar mais que o dobro de Alckmin na campanha

Mário Coelho

O candidato tucano à presidência da República, José Serra, pretende gastar mais que o dobro do que Geraldo Alckmin (PSDB) usou em 2006 durante a campanha eleitoral. Nas informações prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele informou que o teto será de R$ 180 milhões, valor 2,2 vezes superior ao limite de Alckmin na eleição passada, que era de R$ 85 milhões. No fim, o tucano derrotado em 2006 declarou ter gasto R$ 81.923.624,75.

Serra declarou ao TSE ter R$ 1,42 milhão de patrimônio. Entre os bens declarados, ele listou uma casa no loteamento da Fazenda Campo Verde, em Ibiúna (SP), avaliada em R$ 61.069,81, e parte de uma área de 14.365 metros quadrados, em Atibainha, município de Piracaia (SP), terreno avaliado em R$ 44.414,25. Também colocou três salas comerciais em São Paulo, no valor de R$ 240 mil. O restante está dividido em aplicações financeiras em diferentes bancos.

Já a declaração do candidato a vice-presidente na chapa mostra que Índio da Costa (DEM) tem um patrimônio de R$ 1,44 milhão. Entre outros bens, o deputado fluminense declarou possuir um ultraleve (R$ 170 mil), um terreno em Mangaratiba (RJ), avaliado em R$ 360 mil, e um barco no valor de R$ 206 mil. Assim como Serra, ele possui diferentes aplicações financeiras, em grande parte ações de empresas.

A coligação formada por Serra, "O Brasil Pode Mais", terá cinco partidos. Fazem parte da chapa PSDB, DEM, PTB, PPS e PT do B. Ele foi o sexto candidato a se inscrever nesta segunda-feira. O prazo para registro de candidatura terminou às 19h.

A petista Dilma Rousseff, candidata pela coligação "Para o Brasil seguir mudando", estimou em R$ 157 milhões o teto a ser gasto na campanha eleitoral, valor 51% superior aos R$ 104,3 milhões declarados por Lula na disputa à reeleição, em 2006. Mais cedo, o site do TSE divulgou que o limite apontado pela coligação seria de R$ 187 milhões (R$ 157 milhões do PT e 30 milhões do PMDB). A coligação é composta por dez partidos: PT, PMDB, PDT, PSB, PR, PCdoB, PRB, PTN, PSC e PTC.

Candidatos

Antes de Serra, quem apresentou sua candidatura foi José Maria de Almeida, o Zé Maria, como postulante ao cargo pelo PSTU. A candidata a vice pela legenda é Cláudia Alves Durans. A previsão de gastos na campanha é de R$ 300 mil. De acordo com a declaração de bens de José Maria de Almeida, seu patrimônio é de R$ 16 mil. Já a candidata a vice declarou não possuir bens em seu nome.

Depois do tucano e de Zé Maria, foi a vez de José Maria Eymael (PSDC) apresentar, faltando poucos minutos para encerrar o prazo, o pedido de registro de candidatura ao TSE. Ele, que foi o sétimo a oficializar a participação na disputa, declarou como teto o valor de R$ 25 milhões. Até o momento, sua declaração de bens não foi divulgada pela corte, o que deve acontecer em breve.

Outros três candidatos pediram registro no TSE no início desta tarde: o jornalista Rui Costa Pimenta, do PCO, o apresentador de TV Levy Fidélix, do PRTB, e o metalúrgico Zé Maria, do PSTU. O candidato do PCO, que declarou patrimônio de R$ 80 mil, estimou em R$ 100 mil o teto de gastos de sua campanha. Já Levy, que informou patrimônio de R$ 150 mil, pretende gastar até R$ 10 milhões na corrida eleitoral. Zé Maria informou bens no valor de R$ 16 mil e estimativa de gastos de R$ 300 mil.