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Congresso em Foco
1/12/2009 6:32
Folha de S. Paulo
Pivô das denúncias envolve PSDB no "mensalão do DEM"
Pivô das denúncias do "mensalão do DEM", o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa acusa o PSDB de também participar do esquema de caixa dois que teria sido montado pelo governador José Roberto Arruda (DEM) durante a campanha eleitoral de 2006. Quem atuou pelos tucanos na coleta de propina e distribuição do dinheiro a aliados políticos, segundo Barbosa, foi o próprio presidente da legenda no DF, Márcio Machado. Filiado ao PSDB há 14 anos, Machado assumiu a Secretaria de Obras do governo do DF quando Arruda tomou posse. Ele era cotado para ser candidato ao Senado na chapa que uniria DEM, PSDB e PMDB. À Polícia Federal, o ex-secretário Barbosa afirmou que Arruda irrigou sua campanha com dinheiro de empresas fornecedoras do governo. Teriam sido arrecadados ilegalmente de 2004 a 2006 R$ 56,5 milhões em contratos da Codeplan (Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central), empresa do governo então sob comando de Barbosa.
Em depoimento ao Ministério Público do DF, em 16 de setembro, Barbosa disse que o presidente do PSDB-DF ia às vezes até a sua casa para tratar do dinheiro da propina. O ex-secretário mencionou aos promotores três pagamentos supostamente feitos pelo tucano: R$ 6 milhões para o deputado Benedito Domingos (PP); R$ 200 mil para Adalberto Monteiro, presidente local do PRP; e R$ 100 mil para Omar Nascimento, que comanda o diretório regional do PTC.
Tucano atribui arrecadação em 2006 a tesoureiro
Secretário de Obras do Distrito Federal e presidente local do PSDB, Márcio Machado disse que atuou só como um amigo na campanha do governador José Roberto Arruda (DEM) em 2006. Ele negou que tenha arrecadado dinheiro de propina para pagar apoio de partidos ao então candidato.
Machado afirmou que a responsabilidade pela arrecadação de recursos era do tesoureiro de campanha e que tudo foi declarado legalmente à Justiça Eleitoral. Disse também que não falaria sobre o processo, pois seus advogados não tiveram acesso a todos os documentos da investigação.
Sub de Arruda é afastado das obras da Copa de 2014
Um dos principais articuladores do governador José Roberto Arruda (DEM) no suposto esquema de propinas, Fábio Simão será afastado do comando das obras do governo para a Copa do Mundo de 2014. Simão atua como coordenador do comitê organizador de Brasília na Copa de 2014, além de ser ligado ao presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira. Ele foi afastado na sexta-feira do cargo de chefe de gabinete pessoal de Arruda. Como ontem foi feriado local no DF, a medida ainda não foi publicada no "Diário Oficial". Simão não foi localizado pela Folha.
Manifestantes usam panetones em protesto contra a cúpula do DEM
Os integrantes da cúpula do DEM que foram ontem à residência oficial do governador José Roberto Arruda (DEM), a cerca de 20 km do centro de Brasília, enfrentaram protestos na saída do encontro, que durou cerca de duas horas. Dez pessoas com bandeiras e camisas da juventude do PDT -partido que ontem decidiu romper com Arruda- levaram panetones e tentaram atirá-los dentro dos carros, promovendo empurra-empurra com seguranças e jornalistas. Os manifestantes cantavam as seguintes palavras de ordem: "Arruda na Papuda [presídio de Brasília] e P.O. [Paulo Octávio, vice-governador do DF] no xilindró".
Dividido, DEM decide hoje sobre expulsão
Sob ameaça de racha, o DEM decide hoje em reunião de sua Executiva Nacional se desfilia sumariamente o governador José Roberto Arruda (DF) ou se permite a ele a oportunidade de se defender em um processo de expulsão que duraria no máximo 16 dias. Em encontro ontem a portas fechadas com Arruda -o único governador da legenda-, os líderes da bancada no Senado, José Agripino Maia (RN), e na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), defenderam a expulsão sumária, mas no início da noite tomou força a possibilidade da defesa rápida.
Serra classifica denúncias de "gravíssimas"
O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB), classificou como "gravíssimas" as denúncias contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). "Sem dúvida os fatos revelados, inclusive por filmes, são gravíssimos", disse. "Eu acho que a opinião pública requer mais explicações a respeito daquilo que aconteceu por parte do governo e da Assembleia Legislativa." Prefeito de São Paulo e uma das principais lideranças do DEM, Gilberto Kassab também disse que as denúncias são gravíssimas. "Se forem ratificadas as denúncias, que os acusados sejam exemplarmente punidos." Segundo Kassab, o caso prejudica a imagem do seu partido. Mas disse que a aliança com o PSDB será mantida.
Governador se defende e culpa "herança" de Roriz
Acuado diante de uma série de denúncias e se dizendo "firme" no DEM, o governador José Roberto Arruda (DF) leu ontem um comunicado no qual nega as acusações feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Segundo ele, seu governo está sendo vítima por ter contrariado interesses de Barbosa e de empresários. Arruda chamou o ex-secretário de "herança maldita" deixada pelo governo Joaquim Roriz (PMDB). No comunicado, ele não voltou a falar que o dinheiro que recebeu serviria para comprar "panetones", trocando o uso da verba para "ações sociais".
Direção do PT-DF não aceita que deputado do partido assuma
O PT do Distrito Federal não concorda com a possibilidade de o deputado distrital Cabo Patrício (PT) assumir o governo do DF. Primeiro-vice-presidente da Câmara, ele é o terceiro na linha sucessória e não foi atingido pelas denúncias. Enquanto isso, lideranças nacionais do partido foram cautelosas ao comentar as denúncias. O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse que as "imagens são incontestáveis", mas pediu apuração dos fatos. Ele afirmou que, apesar de se tratar da oposição ao governo, não se pode comemorar. "Não é bom para o país."
Ex-preso do MEP afirma que artigo de Benjamin é "um horror"
O eletricista João Batista dos Santos, ex-militante do MEP (Movimento pela Emancipação do Proletariado) e um dos homens que estiveram presos com o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva em 1980, durante a ditadura militar (1964-1985), chamou de "um horror" o artigo do colunista César Benjamin, publicado pela Folha na semana passada.
Ao ser questionado se, conforme Benjamin relata ter ouvido de Lula, o então sindicalista tentou "subjugá-lo", num contexto sexual, quando foram companheiros de cela, Santos declarou: "Não tenho nada para comentar sobre o assunto".
Genro de Lula é absolvido; procurador recorre
O procurador da República em Florianópolis, Marcelo da Mota, recorreu ao Tribunal Regional Federal, de Porto Alegre, da decisão da juíza Ana Cristina Krämer, da 1ª Vara Federal Criminal de Florianópolis, que considerou nulas as acusações contra 31 denunciados na Operação Influenza por causa de grampos ilegais, autorizados apenas pela Justiça estadual. No processo, Marcelo da Mota havia solicitado o encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal de continuidade nas investigações de pessoas com foro privilegiado que apareciam nas gravações.
O Globo
'É duro mais do que 4%, 5%!'
Num dos mais longos vídeos gravados pelo então secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, o empresário Gilberto Lucena, dono da empresa de informática Linknet, reclama das propinas cobradas pelo governo. Na conversa, ele e Durval dizem que entre os beneficiados dos pagamentos estariam o vice-governador Paulo Octávio e o secretário de Planejamento, Ricardo Pena. A Linknet, uma das empresas acusadas de operar o esquema, tem contrato de R$ 223 milhões para serviço de processamento de dados do GDF. Na conversa, Lucena, irritado, reclama do apetite com que Paulo Octávio e o governador José Roberto Arruda estariam se lançando sobre os ganhos de sua empresa.
'Durval é uma bênção em nossas vidas'
Na campanha eleitoral de 2006, o então presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Durval Barbosa, gravou um momento de oração em seu gabinete. Dois deputados distritais - Leonardo Prudente, hoje presidente da Casa, e Júnior Brunelli -, que receberam propina de Durval, estavam na sala. Brunelli, pastor da Igreja Casa da Bênção, conduziu a reza.
Brunelli, na oração, afirmou que Durval era uma bênção para eles, e pediu a Deus que o protegesse. Depois de uma rápida conversa, os três se levantaram e rezaram.
- Quero te agradecer, meu Deus, por estarmos aqui... Somos gratos pela vida do Durval, que é uma bênção em nossas vidas - disse Brunelli.
Uma propina de R$ 1,6 milhão
Tem corrupção forte aqui dentro desta Câmara", diz empresário
BRASÍLIA. O ex-senador Valmir Amaral, empresário do setor de transporte coletivo, acusou ontem o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente (DEM), e outros parlamentares de cobrarem propina de R$ 1,6 milhão para ampliar subsídios do governo do DF às empresas de ônibus. Exaltado, Amaral fez a acusação numa das salas da presidência da Câmara, onde jornalistas aguardavam Prudente para uma entrevista.
- Tem corrupção forte aqui dentro desta Câmara - disse o empresário.
Sem apresentar provas, Amaral disse que deputados teriam cobrado R$ 1 milhão para aprovar emenda a um projeto de lei que criou o passe livre estudantil no DF. O passe livre, segundo Amaral, representará um subsídio mensal de R$ 4 milhões às empresas de ônibus. Ele afirmou que a emenda estenderia o benefício a deficientes físicos, dobrando o valor do subsídio para R$ 8 milhões por mês. A emenda foi aprovada, mas acabou vetada pelo governador Arruda. Segundo Amaral, o preço cobrado para que a Câmara derrubasse o veto foi de R$ 600 mil.
Arruda nega acusações e afirma que permanecerá no partido 'até o fim'
Em sua primeira aparição pública desde que a Operação Caixa de Pandora foi deflagrada, o governador José Roberto Arruda (DEM) negou ontem sua participação no escândalo do mensalão no Distrito Federal, afirmou que permanecerá no partido "até o fim" e, sem abordar o mérito das acusações, tentou desqualificar as provas já recolhidas. Segundo ele, a denúncia serve a interesses políticos e empresariais contrariados, oriundos da "herança maldita" do governo anterior.
Arruda ameaça, e DEM se divide sobre expulsão
Na tentativa de evitar sua expulsão sumária do DEM, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, partiu ontem para a ofensiva, com ameaças de que revidaria qualquer ação radical da legenda. Ao receber sete dirigentes do DEM na residência oficial de Águas Claras, Arruda disse ser inocente e afirmou acreditar que ainda tem condições de disputar a reeleição. O tom de ameaça acabou dividindo o DEM, que decidirá hoje à tarde, em reunião da Executiva Nacional, o que fazer com seu único governador, acusado de comandar um esquema de corrupção no Distrito Federal, o já chamado mensalão do DEM.
Simon: 'Não esperem nada do Congresso'
A máxima de que "de onde não se espera nada é que não vem nada mesmo" foi usada com conotações de humor negro ontem pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), durante um debate sobre corrupção realizado na sede do GLOBO. A frase foi uma das conclusões do senador frente ao cenário cada vez mais assustador de casos de corrução envolvendo parlamentares, governadores e outros políticos de alto escalão, especialmente agravado este fim de semana, após a divulgação de vídeos mostrando o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), assessores e deputados distritais de Brasília manuseando maços de dinheiro vivo com origens e destinos ainda não explicados.
- Temos um Congresso pobre, sem preparo técnico, sem formação, que se beneficia de um modo de governo calcado em interesses de grupos de influência.
'Recebi o dinheiro e coloquei nas vestimentas'
O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente (DEM), admitiu ontem que usou dinheiro do " mensalão do DEM " para financiar sua campanha a deputado distrital em 2006. Prudente, que aparece em vídeo colocando dinheiro até dentro das meias, disse que guardou nas "vestimentas" por questão de segurança. Ele admitiu que não declarou à Justiça Eleitoral os recursos recebidos de Durval Barbosa - então presidente da Codeplan e futuro secretário de Relações Institucionais do governador José Rober to Arruda (DEM) -, o que caracterizaria caixa dois. Eventual condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) levaria à perda do mantado. Só que, devido aos prazos de tramitação do processo, o julgamento final provavelmente só ocorrerá em 2011, ou seja, após o fim de seu mandato.
Para Serra, denúncias da PF são 'gravíssimas'
Provável candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo ano em aliança com o DEM, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que são "gravíssimas" as denúncias contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). Arruda foi pego em flagrante por uma investigação da Polícia Federal que filmou farta distribuição de dinheiro entre deputados distritais e outros aliados políticos.
- A opinião pública requer mais explicações a respeito daquilo que aconteceu, por parte do governo e da Assembleia Legislativa (Câmara
Distrital).
Petista pode assumir governo do DF
Uma eventual vacância no governo do Distrito Federal, com o impedimento do governador José Roberto Arruda, do vice-governador, Paulo Otávio, e do presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, jogaria o poder nas mãos de um petista, o vice-presidente da Câmara, Cabo Patrício. Caberia ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se ele ficaria no cargo até o fim mandato, em dezembro de 2010. A Lei Orgânica do Distrito Federal estabelece que, se a vacância do cargo ocorrer no último ano do mandato, assumirão em caráter permanente os que compõem a linha sucessória - vice-governador, presidente da Câmara Legislativa, vice-presidente da Câmara Legislativa e o presidente do Tribunal de Justiça do DF. Há, porém, precedente no STF, segundo o Legislativo local precisará convocar eleição indireta em 30 dias, após a vacância, se o governador e o vice-governador ficarem impedidos.
Ciro pede cautela e diz que imprensa 'julga e condena'
Pré-candidato do PSB à sucessão presidencial, o deputado federal Ciro Gomes preferiu não entrar no mérito das acusações contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). Fez, no entanto, um alerta contra o que vê como uma possibilidade de manipulações de escândalos com a proximidade do ano eleitoral.
- Vamos aguardar. Não gosto dessas coisas que a imprensa anuncia, já julga, já condena, já arbitra. Nunca gostei disso em situação nenhuma. Acho que toda denúncia merece ser esclarecida. Todas as pessoas acusadas têm direito de se defender. Apurada a culpa, seja de quem for, é preciso que a impunidade não seja o prêmio. Cada dia que passa, mais perto a gente ficando das eleições, mais perigoso ainda vai ficar a possibilidade de manipulações e tentativas de criar escândalo - disse o deputado, depois de participar de solenidade na Câmara Municipal de Fortaleza em que o presidente em exercício, José Alencar, recebeu o título de cidadão de Fortaleza.
Disputa no BB termina com demissão de diretor
Pivô de uma intensa disputa política do PT dentro do Banco do Brasil, revelada pelo GLOBO semana passada, o diretor Jurídico da estatal, Joaquim Cerqueira Cesar, foi demitido do cargo. Em seu lugar assume o até então secretário-executivo da área jurídica, Orival Grahl, que tem 26 anos de casa e estava no cargo antes de Cerqueira Cesar assumir a diretoria, em agosto de 2007. A tendência é que o novo executivo tire os técnicos levados por Cerqueira Cesar que, pelo modo de trabalhar, estimulou algumas ações na Justiça contra o BB por assédio moral.
O Estado de S. Paulo
Governador do DF ameaça e DEM adia expulsão
Três dias depois de revelado o escândalo do pagamento de "mensalão do DEM" e após três reuniões da cúpula do partido, o governador José Roberto Arruda reagiu com ameaças à pressão para deixar a legenda. Num encontro com os dirigentes nacionais do DEM, na residência oficial de Águas Claras, Arruda devolveu a pressão feita pelo senador Demóstenes Torres (GO), que propôs à direção partidária sua expulsão sumária. "Se vocês radicalizarem comigo, eu radicalizo", avisou. No fim de semana, ele já havia prevenido interlocutores do partido de que não se calaria caso fosse expurgado. Nessas conversas, disse claramente que revelaria os recursos que saíram do Distrito Federal para várias campanhas municipais do DEM, incluindo a da Prefeitura de São Paulo, hoje administrada por Gilberto Kassab.O governador também se negou a tomar a iniciativa de pedir desligamento do DEM. "Eu me recuso a aceitar o desligamento", afirmou. "Seria o reconhecimento antecipado de culpa e eu tenho defesa. Acho que tenho condições de mostrar minha inocência e ganhar as eleições." No início da noite, Arruda reforçou essa posição com um pronunciamento de sete minutos, no qual apresentou sua defesa e garantiu: "Estamos firmes, vamos até o fim."
Aliado de Arruda, secretário do PPS é acusado em vídeo da propina
A investigação do "mensalão do DEM", no Distrito Federal, inclui um vídeo em que a diretora de uma empresa acusa o PPS de praticar chantagem e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pelo deputado Augusto Carvalho, filiado ao partido. Parte do dinheiro, segundo o diálogo, teria sido destinada ao presidente da legenda, ex-deputado Roberto Freire (SP). O PPS anunciou ontem a saída da gestão do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de montar o esquema de corrupção que arrecadava propinas e distribuía o dinheiro entre secretários e deputados distritais da base aliada. A declaração que compromete o partido foi feita pela diretora comercial da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, Nerci Soares Bussamra, em conversa com Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do governo e autor da gravação obtida pelo Estado.
Deputado cobra por projeto, diz empresário
Os holofotes estavam ligados havia uma hora e meia para uma entrevista do presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Leonardo Prudente (DEM) - citado no escândalo do "mensalão do DEM" -, quando apareceu o empresário Valmir Amaral com novas denúncias. "A entrevista não começou porque ele sabe que estou aqui", disse o empresário. "Ele não tem coragem de olhar para minha cara".Amaral acusou Prudente, a também deputada Eurides Brito (PMDB) e outros parlamentares de receberem R$ 1 milhão de propina de um grupo de empresas de ônibus para aprovarem uma lei de repasse de R$ 8 milhões por mês de subsídios para transporte de estudantes e pessoas com deficiência física. O grupo ainda teria pago R$ 600 mil para os deputados derrubarem um veto do governador José Roberto Arruda ao projeto de subsídio. "Me pediram R$ 170 mil, mas eu não dei", disse o empresário.
Planalto crê em dividendos para PT
O governo acredita que a crise enfrentada pelo DEM, com denúncias de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, renderá dividendos políticos ao PT nas eleições de 2010. Na avaliação do Palácio do Planalto, o escândalo do mensalão do DEM atinge em cheio não só a candidatura de Arruda à reeleição como a aliança do partido com o PSDB para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em conversas reservadas, auxiliares de Lula dizem que a oposição está "provando do seu próprio veneno". Na crise do mensalão que dizimou a cúpula do PT e sacudiu o governo, em 2005, parlamentares do DEM falaram em impeachment do presidente.
''Processo é dinâmico'', diz Maia
O comprometimento do único governador de Estado filiado ao DEM, José Roberto Arruda, no escândalo de corrupção no DF, parece não preocupar o ex-prefeito Cesar Maia. Ele comparou a situação à do PT na crise do mensalão. "Esse processo é dinâmico. O PT perdeu seu candidato à sucessão do Lula, o José Dirceu, e buscou alternativa", disse, no Rio. "Quem imaginava que seria a Dilma Rousseff a ocupar o espaço de Dirceu?"
''Lula vê meio ambiente como empecilho''
Ninguém confirma, mas é quase um segredo de polichinelo que o empresário Guilherme Leal foi convidado pela senadora Marina Silva para vice-presidente na chapa em que ela pretende concorrer à Presidência, em 2010, pelo PV. Não é por coincidência que Leal se filiou recentemente ao partido e tem sido visto ao lado de Marina em muitas das atividades pré-eleitorais. O paulista, de 59 anos, é um dos três co-presidentes da Natura e um dos 12 brasileiros na lista de bilionários da revista Forbes.
Eleitores usam correio eletrônico para pedir punição ao governador do DF
Eleitores do DEM entupiram a caixa de mensagens da página do partido na internet para exigir punição ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Numa gravação feita pelo ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda, Durval Monteiro, entregue à Polícia Federal, o governador aparece recebendo pacotes de dinheiro que seriam de um caixa 2 para a campanha. As imagens chocaram os eleitores da legenda, conforme eles próprios disseram nas mais de 800 mensagens enviadas ao partido desde que a crise começou, na sexta-feira.
''Censura é enorme retrocesso''
O professor de Filosofia do Direito da Faculdade Padre Anchieta, em Jundiaí (SP), Sebastião Pujol, considera a censura ao Estado desde 31 de julho, por determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), "um enorme retrocesso" no regime democrático. "O episódio demonstra que o fundamento do direito é o poder e vai exatamente no sentido contrário ao fortalecimento da democracia", afirmou.
Correio Braziliense
Democratas divididos. Arruda se defende. Quebra de decoro na câmara
Rachado entre a ala que defende a imediata expulsão de José Roberto Arruda (DEM) do partido e um grupo reticente sobre a medida drástica, o Democratas optou formalmente por dar um tempo ao governador do Distrito Federal. Ele é apontado pela Polícia Federal como parte de um suposto esquema de corrupção envolvendo o Executivo, o Legislativo e um braço do Tribunal de Contas do DF (TCDF). Em reunião com a cúpula da legenda na tarde de ontem, Arruda cobrou apoio. Acuados com a ofensiva, os caciques do DEM resolveram adiar o desfecho sobre o futuro político do governador. A conversa entre Arruda e os seus companheiros de partido foi classificada como "franca". Durante duas horas, o governador recebeu os caciques do DEM acompanhado por três advogados na Residência Oficial de Águas Claras. O vice Paulo Octávio, também citado no inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), participou da reunião. Arruda apresentou argumentos jurídicos para as denúncias divulgadas até agora. Mesmo assim, foi criticado por colegas do DEM. Endureceu o discurso. Disse que precisava do suporte do partido para se defender e provar sua inocência. Deixou a entender que, se for abandonado, não poupará a legenda de eventuais desgastes.
Vice é citado em esquema
O vice-governador Paulo Octávio (DEM) é apontado em um novo vídeo gravado por Durval Barbosa como beneficiário de um esquema de desvios de recursos de contrato na área de informática. Na gravação, incluída no inquérito da Operação Caixa de Pandora, um dos donos da Linknet, Gilberto Lucena, reclama das supostas propinas exigidas por integrantes do Governo do Distrito Federal para a liberação de pagamentos por serviços prestados. Em um dos trechos do diálogo, o empresário afirma que Paulo Octávio receberá a sua parte no suposto esquema de corrupção (leia, acima, os diálogos).
Vídeos têm até oração da propina
Para os deputados distritais Leonardo Prudente (DEM) e Júnior Brunelli (PSC), a fé e a política sempre caminharam lado a lado. Filho do fundador da Casa da Bênção, não raro Brunelli adentra o plenário da Câmara Legislativa com uma Bíblia debaixo do braço. Prudente, presidente da Câmara Legislativa, é figura cativa em encontros de igrejas evangélicas. Muito ligado ao bispo Robson Rodovalho, deputado federal pelo Democratas e fundador da comunidade evangélica Sara Nossa Terra, o distrital frequenta templo da igreja em Brasília. No dia de ontem, no entanto, os dois apareceram em cenas de uma oração polêmica.
Quebra de decoro contra oito deputados distritais
Numa tentativa desesperada de reagir diante da avalanche de denúncias que recaem sobre os deputados distritais, a Mesa Diretora da Câmara Legislativa decidiu abrir processo para apurar a quebra de decoro parlamentar. Os oito deputados citados, incluindo o próprio presidente da casa, Leonardo Prudente (DEM), e outros dois suplentes vão ser alvo de representação que pode levar à perda de mandato. Todos serão notificados hoje e terão 15 dias para apresentar defesa à Comissão de Ética, presidida pelo deputado Bispo Renato (PR), que até agora não é alvo de denúncias.
Disque-desperdício
A Câmara dos Deputados reduziu os gastos com serviços telefônicos este ano, mas mantém artifícios que ampliam as possibilidades de utilização dos aparelhos dos gabinetes dos deputados de forma descontrolada. Secretários parlamentares revelaram ao Correio, com demonstrações práticas, como funciona o esquema que permite ao gabinete completar ligações interurbanas solicitadas dos estados de origem do parlamentar por seus funcionários, aliados políticos e pessoas das relações pessoais do deputado.
Eles têm muito o que falar
A unificação das verbas parlamentares em uma única cota criou um novo quadro das despesas e mostrou um outro tipo de exagero dos deputados quando o assunto é o uso do dinheiro público. Antes limitados ao reembolso de R$ 5 mil pelo uso de telefones, os integrantes da Câmara praticamente dobraram as contas com ligações depois que o chamado cotão foi instituído e passou a dar aos parlamentares a possibilidade de gastar entre R$ 23 mil e R$ 34 mil sem especificar tetos para as despesas dentro da cota. Liberados em gastar com telefonemas qualquer valor dentro do limite global do cotão, os parlamentares resolveram investir em ligações. Em alguns meses, as contas com telefonia de alguns deputados chegaram a ultrapassar os salários de R$ 16 mil das excelências.
Cai o diretor jurídico do BB
O diretor-jurídico do Banco do Brasil, Joaquim Portes de Cerqueira César, perdeu ontem o cargo. O chefe do setor é acusado judicialmente de promover demissões sumárias de advogados da instituição, mas se mantinha no cargo por influência do presidente do PT, Ricardo Berzoini. No sábado, o Correio revelou que Berzoini vetava o cumprimento da decisão do Conselho Administrativo do BB, do início do mês, de demitir Cerqueira, seu apadrinhado. O caso levou o presidente do banco, Aldemir Bendine, a se queixar ao chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, sobre o indicado de Berzoini. Carvalho é padrinho da indicação de Bendine.
Ofensiva para ficar no poder
A bancada do PMDB quer garantir a todo custo que continuará no comando do Ministério da Agricultura em 2010. As negociações para emplacar outro político no lugar do ministro peemedebista Reinhold Stephanes, que se lançará deputado federal pelo Paraná e terá de deixar o cargo, já começaram e são tidas como uma das estratégias da legenda para manter visibilidade em ano pré-eleitoral. Pelos corredores do Congresso, o nome mais cotado para substituir Stephanes é o do atual presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Ex-deputado pelo PMDB paulista, o candidato é amigo pessoal do presidente licenciado do partido e presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP).
Um trem da alegria ainda maior
O novo texto da PEC dos Cartórios (471/2005) poderá ampliar ainda mais o trem da alegria do setor. Pela proposta anterior, considerada inconstitucional pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) há cerca de um mês, estava prevista a efetivação, sem concurso público, dos substitutos ou responsáveis designados até novembro de 1994, desde que estivessem respondendo pela serventia nos últimos cinco anos. Com a nova redação, serão efetivados aqueles que ingressaram até 1994 e que se encontrarem respondendo pela serventia na promulgação da emenda. A Associação Nacional de Defesa dos Concursos para Cartórios (Andecc) avalia que essa alteração amplia o trem da alegria para cerca de 5 mil vagas.
Jornal do Brasil
Arruda tentou barrar operação
Pressionado pela oposição, por entidades da sociedade civil como a Ordem dos Advogados do Brasil e pelas investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), se reuniu segunda-feira com a cúpula do DEM, que pediu ao governador que apresentasse publicamente a sua versão sobre as denúncias. Parte da direção da legenda defendeu a expulsão imediata de Arruda dos quadros do DEM, mas a maioria optou por aguardar a reação pública às explicações do governador antes de adotar a medida.
Caso pode fortalecer pressão pela aprovação da 'ficha limpa'
O escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) deve fortalecer a campanha pela aprovação do Projeto de Lei Popular (PLP) 518, que prevê a cassação dos direitos políticos por oito anos dos suspeitos, mesmo que estes renunciem ao mandato antes da abertura do processo legal. Conhecido como ficha limpa, o projeto foca a vida pregressa dos candidatos e poderia entrar em vigor já nas eleições do ano que vem. Eliminaria um velho jeitinho da política brasileira.
Meirelles diz que "sempre" falou sobre lado social
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou segunda-feira que "sempre falou" sobre desigualdade de renda e questões sociais, apesar de "algumas pessoas" afirmarem que só agora o BC fala sobre esses temas.
- Eu sempre falei, porque é muito importante, num país como o Brasil, mencionar que a estabilidade econômica não é apenas um índice financeiro. A estabilidade tem efeitos econômicos tangíveis para a população, como a criação de empregos - afirmou durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo para empresários da construção civil. A declaração da autoridade monetária foi uma espécie de resposta ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que na semana passada alfinetou Meirelles ao afirmar que nunca tinha visto o presidente do BC falando tanto da questão social.
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