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Congresso em Foco
4/11/2009 17:42
[/caption]Rodolfo Torres
Cantando o Hino Nacional e ao coro de "vota, vota" e "seu deputado, preste atenção, ano que vem tem eleição", centenas de aposentados protestaram veementemente na galeria da Câmara contra o adiamento da votação do Projeto 1/07, que vincula o reajuste das aposentadorias ao reajuste do salário mínimo.
O projeto dos aposentados seria analisado após a Medida Provisória 466/09, que, na prática, aumenta a conta de luz dos brasileiros. O relator da MP, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), pediu prazo e, dessa forma, impediu que o projeto fosse analisado nesta quarta. Isso ocorre porque a MP tem prioridade de análise na Casa.
Bacelar explicou que a MP é complexa e que, por essa razão, teve de pedir prazo. "Sou a favor dos aposentados brasileiros", afirmou.
Diante das reiteradas manifestações dos aposentados, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aconselhou os aposentados a procurarem as lideranças partidárias para que o projeto seja pautado. O peemedebista destacou que recebeu mais de dez vezes representantes dos aposentados no gabinete da presidência.
"Os senhores estão percebendo a gravidade do que está acontecendo aqui", questionou Temer, irritado. Segundo ele, não seria possível garantir a votação do projeto nem a permanência dos aposentados na galeira caso os aposentados continuassem se manifestando.
Em discurso bastante vaiado pelos manifestantes, o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que será um "erro" atrelar o reajuste dos aposentados ao do salário mínimo. Segundo ele, essa fórmula vai prejudicar a política de reajustes patrocinada pelo governo.
"Não caíam no canto da sereia. Não será com propostas fáceis, e às vezes demagógicas, que vamos fazer este país crescer. Nossa política é de valorização dos aposentados, de valorização dos trabalhadores brasileiros e do desenvolvimento sustentável", afirmou. Nesse momento, os aposentados viraram de costas para o petista.
A oposição, por sua vez, defendeu a aprovação do projeto dos aposentados. "O que aconteceu hoje aqui é uma demonstração da enganação do que este governo está fazendo com os aposentados. O relator está a serviço do governo", afirmou o líder do PPS, Fernando Coruja (SC).
Para o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), o adiamento mostra que o discurso do governo "não casa" com suas ações. "Nós esperávamos uma atitude compatível com o discurso", afirmou o tucano, criticando a falta de diálogo com os aposentados em torno de um caminho alternativo.
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