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Congresso em Foco
4/10/2005 11:09
Edson Sardinha |
A Comissão Especial da Reforma Política aceitou ampliar as garantias para a inclusão das mulheres no processo eleitoral ao permitir a maior participação delas no horário gratuito e nos recursos do fundo partidário. O colegiado, porém, não aceitou sequer discutir uma forma de aumentar a participação de negros e pardos na vida partidária. O paralelo entre mulheres e afro-brasileiros revela que as questões raciais se apresentam, para os parlamentares, como um tabu ainda maior do que as discussões sobre gênero, nas quais também há um longo caminho a se avançar. Embora respondam por mais da metade da população brasileira, as mulheres representam apenas 9% dos membros da Câmara e do Senado. Das 594 cadeiras do Congresso, apenas 54 são ocupadas por deputadas e senadoras. Apesar de a Lei Eleitoral exigir que pelo menos 30% das vagas destinadas aos partidos sejam reservadas para as mulheres, elas ainda enfrentam dificuldades para conquistar uma cadeira por causa do financiamento privado de campanha e da resistência de parte do eleitorado. O mesmo problema deve ocorrer com a cota partidária para negros, caso a mudança não seja acompanhada pelo financiamento público de campanha, segundo os estudiosos do assunto. Levantamento inédito A escassez de dados, segundo a cientista política Diva Moreira, revela o desapreço dos próprios acadêmicos de sua área pelas questões raciais. Na avaliação dela, que é assessora do Pnud, a adoção de cotas pelos partidos é apenas um passo que deve ser dado na busca da partilha do poder. "O que se chama de raça - construção científica e ideológica do século XIX e do início do século XX - ainda existe. Está na cabeça das pessoas e concede, em média, seis anos a mais de vida para o branco. Não adianta falar que somos todos da raça humana, porque isso é definidor da hierarquia na sociedade brasileira", diz a cientista política. Voto negro O grupo carnavalesco, também conhecido pelo trabalho social que desenvolve em Salvador, recomendou à comunidade o voto em dois candidatos: um do PFL e outro do PT. Os dois foram eleitos. Um é o próprio coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial; o outro é o deputado Reginaldo Germano (hoje no PP), relator do projeto do Estatuto da Igualdade Racial. |
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