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Congresso em Foco
4/10/2005 11:08
Edson Sardinha |
Depois de serem obrigados a reservar 30% de suas candidaturas para mulheres, os partidos políticos terão de obedecer ao mesmo critério em relação aos candidatos negros e pardos, os chamados afro-brasileiros. A proposta é uma das novidades previstas no projeto do Estatuto da Igualdade Racial, que há dois anos está pronto para ser votado no plenário da Câmara e enfrenta resistência do governo por questões orçamentárias (leia mais). Segundo o autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), a medida só terá eficácia se for combinada com o financiamento público de campanha, estabelecido na proposta de reforma política em tramitação na Câmara. "Só assim podemos criar condições objetivas para que as mulheres e os negros possam ter sucesso com suas candidaturas", diz. Tradicionalmente apontado como espelho da sociedade, o Congresso Nacional reflete a exclusão dos afro-brasileiros do processo político nacional. Dos 594 parlamentares, apenas 24 se declaram negros ou pardos (4%), embora os dados oficiais indiquem que eles representam 40% da população do país. Cadeira reservada "A cota no partido não garante o sucesso, em termos quantitativos, da presença negra no parlamento. É o mesmo que ocorre hoje com as mulheres. Você pode estimular aqui e acolá, mas não significa que alcançaremos um número representativo. A previsibilidade de reserva diretamente na cadeira da casa legislativa tem muito mais efeito", considera. A proposta é polêmica mesmo entre os parlamentares negros. Paim, por exemplo, é contra: "Temos de abrir portas, não podemos dar o peixe para todo mundo. Reservar vagas diretamente no Parlamento não é o caminho mais democrático. É diferente de exigir oportunidades iguais para todos". O próprio Luiz Alberto reconhece que a sua idéia não tem chance de ir adiante. "Não há nenhuma vontade entre os parlamentares brasileiros de discutir questões raciais. Isso ainda é um tabu", afirma. Racismo |
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