Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
30/9/2008 | Atualizado às 18:21
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já aprovaram o envio de forças federais para fazerem apoio logístico a aproximadamente 140 municípios em nove estados do Brasil. Segundo o assessor de Gestão Estratégica do TSE, Paulo Camarão, as tropas são escolhidas por terem conhecimento dos locais onde vão trabalhar.
O apoio, geralmente, é de transporte das urnas, de materiais para as seções eleitorais, de gêneros alimentícios, de água potável, de combustíveis e de segurança nas comunidades indígenas e nos locais de difícil acesso. Em Oiapoque (AP), por exemplo, o transporte é feito por voadeiras, conhecidas localmente por ubás. As ubás são barcos de madeira motorizados que têm cerca de 14 metros que somente o Exército possui.
“Sempre que possível, a Justiça Eleitoral procura prestigiar as forças armadas nesse apoio logístico”, afirmou Camarão. O prazo para requisição de apoio logístico terminou na semana passada. De acordo com o assessor do TSE, não é mais possível fazer o requerimento.
Segurança
As tropas também vão atuar na garantia da lei e da ordem dos municípios. Mas o processo para requisição é diferente. O juiz eleitoral da localidade – normalmente cidades menores, onde o calor da disputa é muito grande –, faz o pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) se houver ameaças, dissidência entre partidos, conturbação da ordem e possibilidade grande de compra de votos, entre outros motivos.
Os desembargadores do TRE, então, aprovam o pedido e enviam para o TSE, que deve referendar ou não a instância inferior. Caso o requerimento seja aprovado, o Ministério da Defesa é comunicado e define qual batalhão do Exército trabalhará na cidade. Os soldados atuam apenas no dia do pleito, já que a legislação eleitoral prevê que a segurança seja dada para proteger a votação e a apuração dos votos.
Apesar de o Exército estar nas ruas de 400 municípios e 14 estados, os militares não têm poder de polícia. Eles ficam subordinados ao juiz eleitoral, que define quais ações serão tomadas. “A tropa federal normalmente é empregada em tudo que fuja à competência da polícia local e estadual”, disse Camarão. Novos pedidos podem acontecer até um dia antes da eleição.
Tráfico e milícias
O caso do Rio de Janeiro é diferente dos outros. Há duas semanas, o Exército está em várias cidades do Estado, em locais com possibilidade de fraude eleitoral e de forte atuação de traficantes de drogas e das milícias. A tropa permanecerá no Rio até o fim do segundo turno, totalizando aproximadamente 50 dias.
“O tráfico de drogas e milícias, que é um poder informal, querem virar um poder formal, elegendo candidatos a vereador e até à prefeito”, comentou o assessor do TSE. Segundo ele, traficantes e milicianos têm impedido candidatos de subirem os morros e de fazerem sua campanha. Por conta disso, houve consenso entre TRE-RJ e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), sobre a presença das tropas federais. Elas atuarão sob o comando de um general do Exército e de um juiz do tribunal eleitoral local. (Mário Coelho)
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
Imposto de Renda
Comissão adia votação da isenção do IR para esta quarta-feira
Análise de Processos
Conselho de Ética da Câmara analisa abertura de 12 novos processos